Variação espaço-temporal da ictiofauna de zona de arrebentação em praias do litoral paraibano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PESSOA, Willy Vila Nova
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7053
Resumo: A influência espaço-temporal sobre a ictiofauna de zona de arrebentação foi avaliada em dois estudos: (I) Composição da ictiofauna em diferentes fases lunares na praia de Miramar em Cabedelo, Paraíba (II), e Variação sazonal anual da densidade e biomassa em duas praias do litoral paraibano. Em ambos os estudos foram mensuradas diversas variáveis ambientais importantes (temperatura, salinidade, turbidez, condutividade e pH) e correlacionadas aos resultados de densidade e biomassa. Ao todo nos dois estudos foram capturados 13.206 (68,5 kg). No estudo anual (132 arrastos), as espécies mais capturadas foram em ordem decrescente de frequência de ocorrência Polydactylus virginicus, Stellifer brasiliensis, Anchoa tricolor, Conodon nobilis, Larimus breviceps, Haemulopsis corvinaeformis, Cathorops spixii, Selene vomer,Menticirrhus americanus e Rhinosardinia bahiensis. Enquanto que no estudo com as fases lunares (48 arrastos) em Cabedelo, foram P. virginicus, S. brasiliensis, A. tricolor, L. breviceps, C. nobilis, H. corvinaeformis, S. vomer, Trachinotus falcatus, Trachinotus goodei, Caranx latus, Anchovia clupeoides e Chilomycterus spinosus. Nos dois estudos, houve dominância na zona de arrebentação semelhante para a maioria das espécies de maior ocorrência (P. virginicus, S. brasiliensis, A. tricolor, C. nobilis, L. breviceps, H. corvinaeformis, S. vomer, embora C. spixii, M. americanus e R. bahiensis foram dominantes somente no estudo anual (Artigo II), e T. falcatus, T. goodei, C. latus, A. clupeoides e C. spinosus (Artigo I). No estudo anual, a densidade (ind.m-2) e a biomassa (g m-2) da ictiofauna da praia de Miramar e praia de Costinha foram (0,069; 0,040) e (0,19; 0,09), respectivamente para esses parâmetros e locais. No estudo das fases lunares, a densidade e biomassa médias foram 0,08 ind m-2, e 0,13 g m-2, respectivamente. A sazonalidade foi decisiva entre os meses de estiagem (maio, outubro, novembro e dezembro em 2014, e fevereiro em 2015) quando foram mais abundantes A. tricolor, P. virginicus, Selene vomer, M. americanus, H. corvinaeformis, e C. nobilis, enquanto que para os meses de chuva (maio, julho, agosto, setembro e março em 2015) R. bahiensis e C.spixii foram as mais abundantes. Para a biomassa mais elevada, as espécies no período chuvoso foram P. virginicus, M. americanus, e R. bahiensis, enquanto que A. tricolor, H. corvinaeformis e S. vomer nos meses de estiagem não demonstraram diferenças sazonais (densidade e biomassa), mas estiveram presentes todo o ano. Além disso, a lua nova influenciou a abundância de A. tricolor, T. falcatus e L. breviceps no mês de junho, embora essa última espécie tenha sido presente também na lua nova. Também, A. clupeoides ocorreu na lua minguante e nesse mesmo mês. As variáveis ambientais de maior importância nos dois estudos foram a salinidade e turbidez com diferenças significativas nas analises de variância, RDA e CCA. As zonas de arrebentação da praia de Miramar e Costinha podem ser consideradas importantes para a ecologia e distribuição sazonal de juvenis na Paraíba, com poucas espécies dominantes, incluindo espécies raras e de baixa ocorrência. Além do que, essas variações sazonais também são reguladas pelas fases lunares.