Irmãs do Rosário de Santo Antônio: Gênero, Cotidiano e Sociabilidade em Recife (1750-1800)
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4754 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo traçar um perfil da participação feminina nas irmandades leigas em Recife, na segunda metade do século XVIII, em especial na Irmandade do Rosário dos Pretos de Santo Antônio, a partir do embate entre o modelo de mulher ideal construído e difundido pela Igreja Católica Tridentina e a realidade vivenciada pelas mulheres na América Portuguesa naquele período. As irmandades se formaram no Brasil, desde o início da colonização, a partir da união consensual de leigos religiosos e de grupos étnicos ou profissionais, em torno da devoção a um(a) santo(a) protetor(a). Essas associações se configuraram como importante espaço de exercício da religiosidade, da sociabilidade e do assistencialismo. Possuindo significativa influência no cotidiano dos seus membros e na vida social do local onde se estabeleciam, elas apresentam-se como espaço favorável ao estudo das relações construídas entre homens e mulheres, pois através delas conseguimos visualizar a aplicabilidade do discurso católico em torno das atribuições delegadas a ambos os sexos. Para isso, utilizamos o gênero como categoria de análise, já que o mesmo possibilita o estudo das relações de poder estabelecidas entre a figura masculina e feminina. Inserimos esta pesquisa no campo da história sócio-cultural, que consiste em analisar as relações entre os grupos sociais a partir da cultura vigente, neste caso, a cultura barroca transplantada da Península Ibérica e modificada pelo contato com matrizes culturais nativas e africanas. Utilizaremos para realizar esse estudo estatutos compromissais das confrarias, seus documentos administrativos, os Anais Pernambucanos, as Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia e manuais educacionais e de comportamento. Visamos, deste modo, a contribuir para ampliar os conhecimentos da historiografia regional acerca da temática proposta. |