A curva de Kuznets ambiental (CKA) para o bioma caatinga no estado de Pernambuco

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: SALES, Vilane Gonçalves
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Administração; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento Rural
• Palavras-chave em Português: Desmatamento; Caatinga; Política ambiental; Deforestation; Environmental policy; OUTROS::ADMINISTRACAO RURAL
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4674

Os problemas ambientais acontecem quando se interfere em qualquer parte ou fase de um ecossistema, alterando-o. No Brasil, o desmatamento provocado por focos de calor torna o país um grande emissor mundial de dióxido de carbono, um dos gases causadores do efeito estufa. Há a preocupação de que, com o avanço do desenvolvimento, a pressão sobre o meio ambiente aumente. Ao observar o bioma Caatinga, percebe-se que o mesmo é endêmico e a importância dele é dada por apresentar uma fauna e flora diversificada e que a sua degradação ocasiona, além da perda da biodiversidade, a desfragmentação da história da formação da região. Dentro deste contexto, esse trabalho investigou a hipótese da Curva de Kuznets Ambiental (CKA) para o bioma Caatinga, nos municípios do estado de Pernambuco, isto é, se existe uma relação na forma de "U" invertido entre um índice de degradação ambiental (área desmatada em hectares) e o crescimento econômico (indicado pelo PIB), em nível municipal, no período 2002- 2008, utilizando um modelo para dados em painel. Os resultados econométricos indicam a presença de efeitos não observados, sendo mais adequada a estimação por efeitos fixos. Uma questão adicional abordada foi o impacto das políticas públicas ambientais para o crescimento econômico do Bioma estudado. O modelo básico e o com a inserção da dummy política ambiental apresentam a relação CKA na forma de "N" invertido, indicando que a área desmatada anual é maior para baixos níveis de PIB per capita, sendo decrescente à medida que o PIB aumenta, depois volta a crescer, e para níveis de renda mais elevados, torna-se decrescente. A variável política pública não foi considerada significativa em 5%. Dessa forma, é preciso que se instituam políticas ambientais específicas ao bioma, de tal forma que fortaleçam as práticas de convivência. Além disso, os resultados mostram diferentes relações entre desmatamento e PIB municipal, assim como diferentes relações do desmatamento com as demais variáveis explicativas, notificando a presença de efeitos espaciais heterogêneos.