Restingas do Estado da Bahia: riqueza, diversidade e estrutura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SANTOS, Valdira de Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4950
Resumo: As restingas estão localizadas nas planícies costeiras, com espécies oriundas dos ecossistemas adjacentes e en ontradas por todo o litoral brasileiro. O litoral da Bahia está inserido em dois setores geomorfológicos do litoral brasileiro: o Litoral Nordestino ou Costa Nordeste e o Litoral Oriental ou Costa Leste, com características geomorfológicas e climáticas distintas. Poucas são as informações sobre a vegetação costeira do estado da Bahia e se torna necessário um estudo sobre a composição e estrutura da vegetação da área litorânea. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a estrutura de seis áreas de restinga distribuídas no litoral baiano, situadas nas localidades de Massarandupió, Diogo, Ituberá, Serra Grande, Trancoso e Caravelas, e está dividido em dois artigos: o primeiro apresenta a estrutura da vegetação através do método de quadrantes, para testar a hipótese de que a composição estrutural da vegetação sofre influência dos fatores edáficos e da formação geomorfológica. Foram coletadas amostras do solo para analisar as variáveis químicas e físicas do solo. O levantamento fitossociológico resultou em 185 espécies distribuídas em 56 famílias. As áreas mostraram uma heterogeneidade na estrutura e composição da flora, com a maioria dos indivíduos com alturas variando entre 1,0-6,0 m e diâmetros médios entre 3-13 cm. A família com maior frequência entre as áreas foi Myrtaceae e a espécie com maior VI foi Myrcia ramuliflora. O índice de diversidade de Shannon (H´) das áreas (2,769 nats.ind-1-3,553 nats.ind-1) foi similar a outras restingas do Nordeste com destaque para Trancoso que teve o maior valor (3,553 nats.ind-1). A análise de CCA mostrou que as espécies das áreas de restingas da Bahia, são influenciadas por algumas variáveis de solo (alumínio, sódio, fósforo e argila) e as fisionomias de floresta fechada não inundável e de fruticeto aberto não inundável, permitiu definir dois grupos localizados em geomorfologias distintas. O segundo trabalho testou a hipótese de que as restingas baianas não possuem similaridade florística com as dos outros estados nordestinos, devido aos fatores abióticos e geomorfológicos. Foram compiladas as listas de espécies dos estudos fitossociológicos de 16 áreas de restingas sendo seis desenvolvidos nas restingas baianas e 10 estudos realizados nos demais estados do Nordeste, utilizando a mesma metodologia na obtenção dos dados estruturais. Foi montada uma matriz florística de presença/ausência com 195 espécies, para calcular o índice de Jaccard, o agrupamento e a ordenação através da Análise de Escalonamento Multidimensional (MDS). Foi utilizada a latitude associada à riqueza e a diversidade de cada área, para avaliar uma correlação entre as restingas ao longo do litoral nordestino. A maior riqueza foi encontrada nas restingas localizadas ao sul da Bahia, em Alagoas e uma de Pernambuco. As restingas da Bahia apresentaram baixa semelhança com as restingas dos outros estados nordestinos. Houve diferenças significativas na associação da latitude com os valores de diversidade, e da latitude com a riqueza específica entre as restingas nordestinas. As áreas formaram grupos com diferenças significativas de similaridade, demonstrando assim, heterogeneidade das restingas nordestinas com relação à riqueza e a diversidade.