Avaliação fitoquímica, toxicológica, cicatrizante e antimicrobiana de frutos e sementes de Caesalpinia ferrea Mart. (Leguminosae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7870 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil fitoquímico, toxicológico e potencial cicatrizante de um creme elaborado com frutos e sementes de Caesalpinea ferrea em modelo de feridas cutâneas em ratos wistar e avaliar também a sua atividade antimicrobiana pela técnica de difusão em meio sólido frente a bactérias causadoras de mastite bovina. C. ferrea conhecida é uma espécie nativa do Brasil, muito empregada na etnomedicina e na etnoveterinária com ação cicatrizante e antimicrobiana. A triagem fitoquímica foi obtida através de reações químicas para determinação de compostos ativos. O estudo da toxicidade aguda e foi avaliado a partir de variáveis comportamentais e orgânica, utilizando 48 camundongos swiss (6 por tratamento) machos com peso de 25 a 35 gramas, com 60 dias de idade, que foram inoculados, com doses decrescentes (Kg-1/ml-1) de peso da fração hidroalcoólica do extrato, por via intraperitoneal. No processo de cicatrização foram utilizados 52 ratos Wistar divididos aleatoriamente em três grupos: Grupo tratado (G1), Grupo controle (G2) e Grupo controle absoluto (G3). As lesões foram avaliadas macro e microscopicamente entre o 0 e 21º dias do pós-operatório. Como resultados foram verificados na triagem fitoquímica do extrato a presença de taninos hidrolisáveis e flavonoides. Os testes toxicológicos revelaram um baixo nível de citotoxicidade e o ensaio toxicológico demonstrou que a planta apresentou resposta biológica predominantemente excitatória sobre o sistema nervoso central. A evolução cicatricial demonstrou que no 14º dia do pós-operatório, as lesões do grupo tratado estavam totalmente reepitelizadas. Para a análise antimicrobiana da planta foram realizados dois ensaios. O primeiro avaliou a ação antimicrobiana da planta pelas técnicas de difusão em disco, poço e superfície (Spot on) de duas diluições (9,3% e 15%) e do extrato bruto, frente a 13 amostras bacterianas padrão, de vacas com mastite clínica e subclínica, no período de 24,48 e 72 horas. O segundo avaliou a ação de um manipulado sólido (creme) da planta, na concentração de 9,3%, frente a oito dessas amostras, no período de 24 horas. As bactérias foram semeadas em tubos de ensaio de 5 ml contendo caldo nutritivo BHI (Brain Heart Infusion), e incubados em estufa a 37 ºC por 24 a 48 horas. Em seguida, quando já se observava turvamento dos tubos, realizaram-se as culturas. Nos dois ensaios o antibiótico padrão utilizado foi a vancomicina. No primeiro ensaio, os melhores resultados foram obtidos com o extrato bruto, seguido do extrato na concentração de 9,3% pela técnica de poço, com halos médios de 30, 32 e 33 mm, e 22, 22, 25 mm respectivamente. No segundo ensaio, os resultados demonstraram que o manipulado apresentou atividade antimicrobiana para todas as amostras testadas com halos mínimo de 13 mm e máximo de 21 mm. Já o antibiótico não apresentou atividade frente às amostras testadas, com halos mínimo de 7 mm e máximo de 8mm.Os resultados favoráveis demonstram que C. ferrea tem potencial cicatrizante e antimicrobiano. |