Manejo de inseticidas para controle de pragas do algodoeiro e interação com artrópodes benéficos
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9225 |
Resumo: | Artrópodes benéficos oferecem serviços relevantes para os agroecossistemas, entre eles, o controle biológico natural de pragas. Contudo, a comunidade de artrópodes edáficos é pouco conhecida nesses agroecossistemas, bem como a resposta desses aos inseticidas usados no controle de pragas. No agroecossistema algodoeiro, o controle de pragas é altamente dependente do uso de inseticidas sintéticos, o que pode afetar negativamente artrópodes benéficos, como por exemplo, a tesourinha predadora edáfica, Euborellia annulipes (Lucas), que contribui no controle de diferentes espécies praga, em especial de larvas e pupas do bicudo-do-algodoeiro, localizadas no interior de botões florais caídos ao solo. Assim, este trabalho objetivou avaliar o manejo de inseticidas, entre seletivos e não seletivos, sobre as comunidades de artrópodes benéficos do dossel e edáficos (i), e determinar o efeito de 12 inseticidas recomendados para o controle de pragas do algodoeiro, sobre a tesourinha, E. annulipes (ii), mediante bioensaios de contato residual, ingestão de presa contaminada e taxa de predação sobre presa e plantas pulverizadas. Abundância, riqueza, dominância de espécies, e curvas de resposta principal (PRC) foram empregadas para avaliar o impacto do manejo de inseticidas sobre as comunidades de predadores do dossel das plantas e artrópodes benéficos edáficos (predadores e outros não herbívoros). Houve menor abundância de predadores e impacto sobre a comunidade de predadores do dossel, em 2018, no tratamento com inseticida não seletivo, com significante contribuição das espécies de formigas e aranhas para esse resultado. Os resultados não mostraram efeito do manejo dos inseticidas sobre os predadores do dossel das plantas, em 2020, e para a comunidade epigeal, em 2018 e 2020. Em laboratório, entre os 12 inseticidas estudados, pimetrozina, clorantraniliprole e espinetoram foram seletivos, independente da forma de contato, população e idade do predador. Ciantraniliprole apresentou efeito dependente da idade do predador e forma de contato, enquanto o piriproxifem não matou tesourinhas adultas, mas impediu as ninfas de realizarem a muda para a fase adulta. Clorfenapir, indoxacarbe, lambda-cialotrina, clorpirifós, dimetoato e malationa foram tóxicos para o predador. Os resultados de campo revelaram a importância do manejo de inseticidas para o controle de pragas quando atingem o nível de controle, bem como diferenças no efeito sobre as comunidades de predadores do dossel e artrópodes benéficos edáficos, em função do número e época das aplicações dos inseticidas. Os resultados de laboratório revelaram que a seletividade varia em função da forma de contato, idade e comportamento do predador e do inseticida testado. |