História e cinema : filmes como ferramentas didáticas no ensino da história e cultura afro-brasileira no âmbito da Lei 10.639/03

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: AGUIAR, Antônio Barros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8454
Resumo: A dissertação tem como proposta o uso dos filmes Orfeu Negro (1959), de Marcel Camus, e Ganga Zumba (1963), de Carlos Diegues, como ferramentas didáticas no ensino da História e Cultura Afro-brasileira no âmbito da Lei 10.639/2003, com o objetivo de fornecer possíveis metodologias para trabalhá-los em sala de aula. Para tanto, traçamos a trajetória do negro no cinema brasileiro, concentrando-se nas Chanchadas da Atlântida e na primeira fase do Cinema Novo (1960-1964), a partir das contribuições teórico-metodológicas de Carolinne da Silva (2017), Edileuza de Souza (2013), Francisco Santiago Júnior (2013), João Carlos Rodrigues (2001), Noel dos Santos Carvalho (2005; 2011) e Robert Stam (2008). Retomamos as discussões sobre o cinema e sua relação com a História, valendo-se dos aportes teórico-metodológicos de Marc Ferro (1976; 1992), Pierre Sorlin (1977) e Robert Rosentone (2010). A ideia é romper com a tradicional perspectiva de conceber os filmes como ilustração do conteúdo histórico escolar ou apenas enquanto entretenimento, buscando assim, trabalhar com esses documentos históricos de forma cautelosa e crítica. Nesse sentido, recorremos à semiótica não só para conhecer os elementos que constituem Orfeu Negro e Ganga Zumba, mas também para entender a construção das representações sobre o negro brasileiro. Assim, apropriar-se dos filmes e pô-los a serviço do ensino da História e cultura afro-brasileira é um desafio que requer um aprofundamento de nossos conhecimentos acerca das especificidades da linguagem cinematográfica, de suas dimensões estéticas, socioculturais e de seus limites e possibilidades.