Monitoramento espaço-temporal da cobertura vegetal do bioma caatinga no Ceará mediante imagens orbitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Jhon Lennon Bezerra da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Engenharia Agrícola
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7687
Resumo: Nos últimos anos com o avanço do sensoriamento remoto baseado em imagens de satélite ou de outras plataformas, tornou-se possível o monitoramento de diferentes e grandes áreas dos diversos biomas existentes no mundo, para analisar e interpretar as possíveis alterações ambientais acarretadas por processos sejam eles naturais e/ou antrópicos. Utilizou-se nesta pesquisa o algoritmo SEBAL para estimar as componentes dos balanços de radiação e energia, bem como, a evapotranspiração real diária (ETr 24h), objetivando-se identificar e analisar a dinâmica espaço-temporal de parâmetros biofísicos na detecção de alterações ambientais, por meio de técnicas de sensoriamento remoto diante de imagens orbitais para o semiárido brasileiro. A área de estudo foi o Município de Iguatu, localizado no estado do Ceará, semiárido brasileiro. Utilizou-se seis imagens do satélite Landsat 5 e 8, nos respectivos sensores TM e OLI/TIRS entre os anos de 2008 a 2015. Utilizou-se também dados complementares de superfície: temperatura média do ar (Tar, ºC), umidade relativa do ar (UR, %), pressão atmosférica do ar (Po, kPa), velocidade do vento (ux, m s-1), radiação solar global (Rs 24h, MJ m-2 e W m-2), obtidos em uma estação meteorológica automática situada na própria área de estudo pertencente ao INMET. As imagens foram processadas a partir do software ERDAS imagine, versão 9.1. Realizou-se os processos de calibração radiométrica e a conversão para radiância e refletância, em que as operações matemáticas foram realizadas a partir da ferramenta Model Maker. As cartas temáticas dos parâmetros biofísicos: albedo, índices de vegetação: NDVI, SAVI, IAF, temperatura da superfície, saldo de radiação instantâneo e diário e a evapotranspiração real diária foram processadas pelo software ArcGis 10.2.2. Utilizou-se a estatística descritiva para determinar as diferenças dos parâmetros biofísicos diante das ações antrópicas e do clima local e observou a diferença entre a ETr 24h (SEBAL) e a ETo 24h da FAO-56. Observou-se para os distintos usos e ocupações do solo os valores de albedo na caatinga de 0,14, áreas irrigadas de 0,27, urbana de 0,31, água de 0,04 e solo exposto de 0,33. Nos índices de vegetação, o NDVI foi na caatinga foi de 0,32, nas áreas irrigadas entre 0,50 a 0,80. A temperatura da superfície na caatinga foi de 32,12°C, áreas irrigadas de 29,37°C, urbana de 36,16°C, água de 25,55°C e solo exposto foi de 41,74°C. Para o saldo de radiação instantâneo na caatinga arbustiva densa o valor foi de 608,12 W m-2, áreas irrigadas de 413,16 W m-2, urbana de 272,80 W m-2, água de 720,90 W m-2 e solo exposto valor de 335,73 W m-2. Alterações do uso e ocupação do solo foram identificadas com o aumento do albedo e da temperatura da superfície. Os índices de vegetação identificaram satisfatoriamente o comportamento da vegetação circundante no Município de Iguatu – CE, destacando-se como indicadores de áreas em processo de degradação no semiárido. O saldo de radiação mostrou está intimamente relacionado com a tendência dos demais parâmetros analisados, principalmente, o albedo e a temperatura da superfície. A ETr 24h (SEBAL) não se ajustou a ETo 24h, mostrando-se que ainda carece de estudo, principalmente para época de sequeiro, ou seja, está longe do potencial, não dando para compará-las. Recomenda-se que ações mitigadoras devem ser tomadas para que o processo de degradação não se torne permanente, que não haja tantas perdas na seca, e assim recuperar o meio ambiente, evitando processos futuros de desertificação.