Conservadores e progressistas: narrativas sobre as disputas políticas e teológicas na Igreja Presbiteriana do Brasil (1950 - 1970)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9459 |
Resumo: | O presente trabalho se propõe a realizar um estudo dissertativo com o fito de entender o processo de construção das narrativas que envolveram disputas entre conservadores e progressistas no seio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), com base na análise dos jornais Brasil Presbiteriano, O Puritano, A Defesa, Livros de Atas do Conselho Local da Igreja Presbiteriana do Recife e documentos provenientes do Supremo Concílio da IPB, estabelecendo como recorte temporal as décadas de 1950 a 1970. Partiremos do princípio da possibilidade de investigação e constatação das motivações que estiveram por trás das construções dos discursos e representações entre os grupos sociais no campo presbiteriano. Nesta conjuntura, os grupos presbiterianismos presenciaram embates entre lideranças que conclamavam por um protestantismo presente nas questões políticas, sociais, ecumênicas, e outros que convocaram a membresia contra o comunismo, modernismo teológico e ecumenismo. Evidenciaram-se trocas de acusações, traições, suspeições e expulsões de pastores e membros da IPB. A capital de Pernambuco transformou-se em ponto emblemático deste cenário de disputa. O Rev. João Dias de Araújo, de tendência progressista, e o Rev. e médico Israel Furtado Gueiros, plantador do movimento fundamentalista no Brasil, conduziram o imbróglio para além dos limites eclesiásticos, expondo, na imprensa pernambucana, as controvérsias entre lideranças, razões que promoveram a desintegração da IPB, despertando a organização da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil (1956) e da Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (1978). Tais tensões políticas nos transportaram às contribuições do historiador francês Roger Chartier, estritamente à noção de representação de mundo social, idealizados por interesses de grupos sociais. A partir das análises documentais, acompanharemos como foram construídas as representações de conservadores e progressistas na Igreja Presbiteriana do Brasil, atestando o estado de concorrência e competição entre as lideranças das instituições. |