Reação de genótipos de Psidium spp. ao fitonematóide Meloidogyne enterolobii e análise in silico de fatores de parasitismo
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Melhoramento Genético de Plantas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7828 |
Resumo: | A cultura da goiabeira tem sido severamente atacada pelo fitonematóide Meloidogyne enterolobii (Sin.: M. mayaguensis), que tem causado drástica redução de produtividade e, em alguns casos, até perda total de áreas cultivadas. Devido à sua grande gama de potenciais hospedeiros e fácil disseminação, M. enterolobii representa um perigo constante e tem se mostrado um dos maiores limitantes para o cultivo da goiabeira no Nordeste brasileiro. A calreticulina (CRT), uma proteína de excreção, altamente conservada em animais e plantas foi identificada nas secreções de diversos parasitas indicando que estão associadas à supressão da imunidade da planta. A bioinformática tem propiciado informações valiosas sobre as biomoléculas e através de análises in silico, tem fornecido dados de caracterização estrutural e funcional de sequências genômicas, predição estrutural e funções das proteínas, além de possibilitar comparações de sequências biológicas de diversas espécies. Os objetivos desta pesquisa foram efetuar a avaliação do parasitismo de M. enterolobii em genótipos de araçazeiros e goiabeiras, para futuros estudos de compatibilidade para porta-enxerto de goiabeiras comerciais e caracterizar sequência da proteína calreticulina (CRT), verificar sua conservação filogenética identificando a funcionalidade, localização subcelular e o domínio conservado, bem como, representar por meio de modelagem in silico a homologia e estrutura terciária da CRT. Em condições de casa de vegetação, foram avaliados 44 genótipos de araçazeiros oriundos de populações naturais do Estado de Pernambuco e 6 genótipos de goiabeiras. Nas avaliações foram avaliados os seguintes parâmetros: índice de galhas (IG), fator de reprodução (FR), número de ovos por grama de raiz (OGR) e redução do fator de reprodução (RFR). Considerando os critérios avaliados, os genótipos de araçazeiros REC-DI-A02 e REC-DI-A04 alcançaram os melhores resultados, podendo ser indicados como fonte de resistência à M. enterolobii e também como genótipos promissores para testes de enxertia em goiabeira. No estudo in silico da proteína CRT foram caracterizadas 15 sequências desta entre nematoides de vida livre, parasitas de plantas e animais, presentes em bancos de dados genômicos. Os resultados obtidos indicaram a presença de cinco domínios funcionais conservados entre as CRTs. Os parâmetros físico-químicos demostraram que a proteína tem baixa atividade em pH ácido, afinidade em meio aquoso, sendo de caráter hidrofílico. A análise de agrupamento apresentou consistência com a classificação taxonômica das espécies avaliadas. O modelo 3D da CRT apresentou estabilidade em nível energético, possibilitando a compreensão da estrutura da proteína. Os resultados obtidos sobre a CRT podem fornecer condições para futuros estudos de resistência em plantas contra ataques de nematoides. Os resultados também apontam perspectivas para o entendimento dos fatores de parasitismo do M. enterolobii e das proteínas envolvidas, bem como, à busca de porta-enxerto resistente em cultivos comerciais de goiabeira, especialmente na região Nordeste do Brasil, que é de fundamental importância para o agronegócio, tendo em vista as perdas ocorridas nos plantios com as cultivares “Paluma” e “Pedro Sato”. |