Estrutura de uma assembleia de peixes em um ambiente marinho-estuarino no litoral de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Túlio Bernardo Caxias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9721
Resumo: Ambientes estuarinos, bem como zonas de arrebentação, apesar de serem bastante importantes, tanto ecologicamente quanto economicamente, vêm sofrendo várias pressões antrópicas ao longo do tempo e isto pode ser observado nas comunidades aquáticas, como a ictiofauna. Assim, este trabalho objetivou analisar a estrutura da comunidade de peixes em um ambiente marinho-estuarino, em Maracaípe, ao longo do ano. As coletas foram realizadas mensalmente entre agosto de 2020 e julho de 2021, em maré vazante diurna da lua nova, no estuário e na zona de arrebentação ao norte da desembocadura do rio. Foram feitas tréplicas diurnas de arrasto. Os dados abióticos de salinidade e temperatura foram aferidos em cada ponto de amostragem e os indivíduos coletados foram medidos e pesados em laboratório. Foram analisados os índices ecológicos riqueza, diversidade de Shannon-Wiener, equitabilidade de Pielou, dominância e abundância, total e relativa. Foi realizada análise de agrupamento, utilizando o índice de similaridade de Bray-Curtis a partir das matrizes de abundância e presença e ausência das espécies. Também foi realizada um nMDS e uma CCA para se reafirmar o padrão dos dados. O teste de qui-quadrado, entre os pontos de coletas e os meses, e o teste ANOSIM, foram realizados a fim de se obter o grau de significância dos dados. As análises e gráficos foram realizadas nos softwares PAST e Excel. Foram identificados 13.614 indivíduos, 29 famílias e 66 espécies. Clupeidae, Engraulidae e Haemulidae foram as famílias mais abundantes. Lile piquitinga (38%) e Haemulopsis corvinaeformis (17,09%) foram as mais abundantes espécies. No mês de março, na zona de arrebentação, houve uma alta dominância de H. corvinaeformis, enquanto outubro, no estuário, a dominância foi da L. piquitinga. De maneira geral, a zona de arrebentação teve maiores índices de diversidade (2,22) e riqueza (47) quando comparada com o estuário. Houve, também, uma segregação das espécies no que se refere ao uso do habitat: Atherinella brasiliensis, Lile piquitinga e Eucinostomus argenteus se mostram majoritariamente estuarinas enquanto Haemulopsis corvinaeformis, Larimus breviceps e Polydactylus oligodon, foram as espécies típicas da zona de arrebentação. Com isso, ressalta-se a importância e necessidade de ações de manejo para uso sustentável de regiões costeiras, uma vez que essas possuem uma grande importância tanto ecológica quanto econômica.