Crescimento de melão, características químicas de solos e lixiviados sob irrigação com águas salinas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: SILVA, Michelangelo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RAS
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5278
Resumo: Solos de regiões áridas e semi-áridas podem apresentar acúmulo de sais a níveis prejudiciais ao desenvolvimento das plantas, devido a processos naturais de salinização ou à contribuição humana, pelo manejo inadequado da irrigação. No Nordeste do Brasil, as condições climáticas são propícias ao acúmulo de sais no solo. Neste contexto, o Agropolo Assu/Mossoró tem representado forte potencial produtivo na fruticultura irrigada para exportação, entretanto, as águas usadas podem apresentar elevados teores de sais. Sem um efetivo controle da qualidade destas águas, pode estar ocorrendo um progressivo acúmulo de sais nos solos que levariam à degradação dessas áreas por salinização. Por isso, esse trabalho, objetivou avaliar a degradação de solos do Agropolo Assu/Mossoró, RN, irrigados com águas de níveis crescentes de condutividade elétrica (CE) e relação de adsorção de sódio (RAS) cultivados com melão. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação no Departamento de Ciências Ambientais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Foram utilizados 4 tipos de solos da região tradicionalmente cultivados com melão, irrigados com soluções preparadas para corresponderem a oito valores de condutividade elétrica (CE = 100, 250, 500, 750, 1250, 1750, 2250 e 3000 μS/cm), e dois de relação de absorção de sódio (RAS = 4 e 12), combinados como tratamentos de salinidade, correspondendo também à maioria das águas de irrigação usadas no Nordeste, com baixo risco de sodificação, especialmente para a região em estudo. Assim, o experimento foi num arranjo fatorial 4 x 8 x 2 (quatro solos, oito CE e duas RAS), em três repetições, contabilizando 192 unidades experimentais. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com uma repetição por bloco. Foram avaliadas variáveis de planta (produção de matéria fresca e seca da parte aérea, e composição nutricional das mesmas), de solo (CE,pH do extrato de saturação, elementos solúveis, cátions trocáveis, capacidade de troca de cátions) e composição química do lixiviado. A produção de matéria fresca e seca de melão foi reduzida com o aumento da salinidade da água nos dois cultivos sucessivos, causando morte das plantas no segundo cultivo poucos dias após o transplantio. O incremento da salinidade da água promoveu elevação nos conteúdos acumulados de Ca2+, Mg2+, Na+, K+ e Cl- nas planta de melão, aumentando também o pH, a CE, os teores de Ca, Mg, Na e K solúveis e trocáveis, bem como a RAS e a PST dos solos. O uso de águas salinas promoveu aumento na salinidade e sodicidade dos quatro solos estudados, dificultando o crescimento das plantas de melão.