Influência da temperatura e período de molhamento no desenvolvimento da antracnose e nas características físico-químicas da banana
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6661 |
Resumo: | A banana é a segunda fruta mais consumida no mundo, sendo (a fruta fresca neste contexto detentora de maior mercado no mundo) o Brasil segundo maior produtor, utilizando as variedades Prata e Pacovan em aproximadamente 60% de sua área cultivada. Entretanto, diversos fatores podem ocasionar perdas na produção, podendo chegar à ordem de 30 a 40%. Entre estes fatores encontram-se fungos e bactérias, merecendo destaque especial na pós-colheita a antracnose, causada por Colletotrichum musae, prejudicando a comercialização e o consumo in natura. Diante da importância desta doença na banana e a carência de informações sobre o assunto, este trabalho teve por objetivos, estudar a influência de métodos de inoculação, diferentes temperaturas associadas a distintos períodos de molhamento sobre o desenvolvimento da doença, e sua influência nas características físicoquímica. Avaliaram-se 17 isolados de C. musae, utilizando-se dois tipos de inóculo: disco de meio BDA contendo estruturas do patógeno e suspensão de conídios 4x106 conídios/mL, em duas formas de inoculação: com e sem ferimentos. Todos os isolados de C. musae mostraram-se patogênicos independente do tipo de inóculo utilizado. As lesões ocorreram nas frutas com ferimento, independente do tipo de inóculo (disco e suspensão). Para o estudo da influência da temperatura e período de molhamento, utilizaram-se três isolados do patógeno MAG2, SFV1 e FSA, por mostraram-se mais agressivo, intermediário e menos agressivo, respectivamente, no teste de patogenicidade. Asfrutas foram inoculadas e incubadas nas temperaturas de 10, 15, 20, 25 e 30oC e períodos de molhamento de 0, 12, 24 e 36 h, por cinco dias. As temperaturas em torno de 20, 25 e 30oC independente do período de molhamento favoreceram um maior desenvolvimento de lesões. As alterações físico-química mostraram que houve um aumento de umidade da fruta à medida que a temperatura e o período de molhamento aumentavam. Valores mais elevados de pH ocorreram em torno da temperatura de 30oC, independente do período de molhamento. Em relação a Acidez Titulável Total (ATT) para o isolado SFV1 e MAG2 ocorreu na temperatura ao redor de 25oC, com período de molhamento de 12 e 24 h, respectivamente, e para o isolado FSA ocorreu ao redor da temperatura de 15oC associado ao período de molhamento de 36 h. O teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) ficou em volta de 20oC independente do período de molhamento. A temperatura ao redor de 10oC favoreceu a elevação no nível de potássio das frutas, associado ao período de molhamento de 24 h, em frutas inoculadas com os isolados SVF1 e MAG2, e 0 hora quando utilizou-se o isolado FSA. Os teores de açúcares totais aumentaram com a elevação da temperatura, declinando à medida que esta se aproximava de 30oC, independente do período de molhamento e isolados de C. musae. |