Aspectos genéticos, bioquímicos e fisiológicos do feijão-caupi infectado por Fusarium oxysporum f. sp. tracheiphilum e uso de nanopartículas de prata e cobre no manejo da murcha de Fusarium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Risoneide de Cássia Zeferino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9411
Resumo: O feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é uma leguminosa cultivada e consumida em todo o mundo, mas predominantemente em regiões tropicais. Dentre os diversos fatores bióticos que podem prejudicar a sua produção, a murcha causada pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. tracheiphilum (Fot) é considerada de grande importância. Esse fungo de solo penetra nas raízes causando vários sintomas na planta, como redução da altura, clorose, descoloração vascular, murcha e queda prematura das folhas. Assim, este estudo teve como objetivos: i) avaliar a herança da resistência da cultivar Miranda IPA 207 e BR-17 Gurguéia ao Fusarium oxysporum f.sp. tracheiphilum visando sua utilização no desenvolvimento de novas variedades resistentes; ii) elucidar os possíveis mecanismos de defesa envolvidos na resistência ; iii) avaliar as alterações fisiológicas e bioquímicas em cultivares de feijão-caupi com diferentes níveis de resistência à F. oxysporum f. sp. tracheiphilum e iv) verificar o potencial de uso de nanopartículas de prata e cobre no controle da murcha de fusarium. Para estudar a herança dois genótipos parentais Miranda IPA 207 (resistente) e a cultivar BR-17 Gurguéia (suscetível) foram cruzados obtendo-se as populações F1 e F2. Posteriormente as gerações e os genitores foram inoculados com uma suspensão de conídios de Fot (106 conídios/mL) pela metodologia de imersão de raízes em suspensão de conídios. A avaliação da intensidade da murcha de fusarium foi realizada 21 dias após a inoculação, com auxílio de uma escala descritiva. Conforme visualizado no teste do qui-quadrado na geração F2 foi aceita a proporção 9:7 (resistente:suscetível), considerando a hipótese de que a herança genética da resistência a Fot é controlada por dois genes dominantes complementares. As atividades de SOD, CAT, POX e APX aumentaram nas folhas e raízes infectadas de plantas em comparação com os pares não inoculadas, sendo que a magnitude da atividade foi maior nas plantas resistentes. Para as raízes de plantas resistentes, a atividade da FAL foi significativamente maior em comparação às raízes de BR 17 Gurguéia. Para examinar a sensibilidade de Fot às crescentes doses de AgNPs e CuNPs, testes in vitro foram realizados para verificar o crescimento de Fot em placas de Petri com doses crescentes de ambas as NPs. Posteriormente, um experimento in vivo foi instalado em casa de vegetação, sendo utilizada a cultivar de feijão-caupi BR17 Gurguéia. Os tratamentos utilizados foram: controle inoculado, Acibenzolar-S-Metil (ASM), AgNPs (5 μL L-1) e CuNPs (5 μL L-1). Estes tratamentos foram aplicados pelos métodos de inundação e pulverização. Para o teste in vitro, os ajustes de regressão linear para o índice de velocidade de crescimento micelial e o diâmetro micelial de Fot demonstraram uma redução destes parâmetros a medida que as doses de CuNPs e AgNPs aumentaram. A severidade da doença foi significativamente reduzida em 65% em plantas tratadas pelo método de inundação com CuNPs. Para o método de pulverização, houve uma redução significativa para a severidade de 30, 28 e 72% para os tratamentos CuNPs, ASM e AgNPs, respectivamente.