Influência do uso de efluente de esgoto doméstico tratado para irrigação nas propriedades físico-hídricas de um solo em região semiárida

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: SILVA, Lilian Danielli da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Tecnologia Rural; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
• Palavras-chave em Português: Efluente doméstico; Reúso da água; Irrigação; Solo arenoso; Física do solo; Hidrologia; ENGENHARIA AGRICOLA::ENGENHARIA DE AGUA E SOLO
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9167

A utilização de efluente doméstico tratado para irrigação é uma alternativa frente ao cenário de escassez hídrica presente em diversos países. A região do semiárido no nordeste brasileiro apresenta longos períodos de estiagem e tem como principal fonte de renda a agricultura familiar e a pecuária. O reúso apresenta-se como solução para produção de alimento do gado mesmo em períodos de seca evitando assim o êxodo rural. Porém, essas águas residuais apresentam altos teores de sais e matéria orgânica capazes de alterar a estrutura do solo e suas propriedades hidráulicas. Esse trabalho tem como objetivo avaliar as mudanças ocasionadas nas propriedades físicas e hídricas do solo devido a aplicação de águas residuais tratadas para o cultivo de palma forrageira, pelo período de seis anos em um solo de textura areia franca. Os ensaios de infiltração tridimensional do solo foram realizados em campo de acordo com a metodologia Beerkan, sendo também coletadas amostras de solo deformadas e indeformadas para caracterização física do solo e determinação da repelência à água no solo ocasionada por compostos hidrofóbicos presentes do efluente doméstico. O solo irrigado com águas residuais apresentou um incremento de aproximadamente 700% no teor de sódio no solo e dispersão de argila na camada superficial, provocando redução da taxa de infiltração do solo e na capacidade de retenção de água. Mesmo demostrando mudanças nas propriedades físicas e no comportamento da água, o solo de textura arenosa mostrou-se resistente às mudanças provocadas pela irrigação com efluente doméstico tratado, sendo classificado como não repelente a água.