Tratamento de sementes de algodão contra pragas sugadoras iniciais e interação com insetos predadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CAMPOS, Karolayne Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9218
Resumo: O tratamento de sementes com inseticidas, usualmente não seletivos, é uma prática recomendada visando à proteção e/ou redução do ataque de pragas iniciais na cultura. Esta prática é considerada seletiva, em teoria, por disponibilizar o inseticida nos tecidos das plantas, o qual pode ser adquirido pelas pragas e não pelos inimigos naturais. Contudo, insetos não alvos, como predadores e parasitoides zoofitófagos e polinizadores, podem se contaminar ao utilizarem os subprodutos como néctar, pólen e seiva das plantas, sendo importante a utilização de inseticidas seletivos. O objetivo com este trabalho foi testar o ciantraniliprole (uma diamida considerada seletiva) comparado ao tiametoxam (um neonicotinoide não seletivo), quanto ao controle de pragas iniciais do algodoeiro e a seletividade, empregando os inseticidas em tratamento de sementes (TS) e pulverização (PV). O resíduo dos inseticidas na planta foi quantificado aos 12, 22 e 32 dias após a emergência (DAE) para inferir sobre a sobrevivência dos predadores Orius insidiosus (Say) (zoofitófago) e Eriopis connexa (Germar) (mastigador), confinados sobre material vegetal de plantas tratadas com esses inseticidas. Os resíduos de ambos os inseticidas foram detectados nas plantas aos 12 DAE e 22 DAE, mas significativamente reduzido entre estes, não sendo detectados aos 32 DAE. Ciantraniliprole e tiametoxam ofereceram supressão de pulgões, embora o efeito foi mais prolongado com o tiametoxam. Nenhum deles foi eficaz contra alta infestação de tripes. A densidade de mosca-branca foi variável entre os experimentos, com nível de controle observado em todos os tratamentos após o período esperado de proteção das plantas com TS. As maiores densidades de predadores foram observadas na testemunha, enquanto as menores foram observadas nos tratamentos tiametoxam TS e PV. O ciantraniliprole TS e PV foi compatível com ambos O. insidiosus e E. connexa (>92% de sobrevivência). O tiametoxam não foi tóxico para E. connexa, mas altamente tóxico para O. insidiosus via resíduo da PV comparado ao TS (1,2% vs 27,6% de sobrevivência). Orius insidiosus apresentou ainda menor sobrevivência com tiametoxam utilizado em PV comparado ao TS (51,4% vs 89,3%) aos 22 DAE. Independente dos inseticidas utilizados e da modalidade de uso, não houve diferença estatística na produtividade entre os tratamentos.