Rendimento e avaliação nutricional do cultivo hidropônico de alface (Lactuca sativa L.) em sistema NFT no Semi-Árido brasileiro utilizando águas salobras
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Engenharia Agrícola Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5558 |
Resumo: | O Município de Ibimirim em Pernambuco está localizado no Semi-Árido e muitos de seus poços fornecem águas salobras. O uso dessas águas tem sido evitado, por levar a doenças humanas e também à redução da produtividade agrícola. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o aproveitamento da água salobra subterrânea e do rejeito da sua dessalinização para o cultivo hidropônico da alface. Seis níveis de salinidade da água (CEa: 1,2; 2,2; 3,2; 4,2; 5,2 dS m-1) foram testados, em três experimentos conduzidos em casa-de-vegetação. No Experimento I, duas fontes de salinidade foram avaliadas: águas artificialmente salinizadas com NaCl e águas naturalmente salobras de origem subterrânea (AS), obtidas de um poço tubular profundo e misturadas com o rejeito de sua dessalinização (osmose reversa). Utilizou-se água dessalinizada para reposição das perdas por evapotranspiração (ETc). O aumento da salinidade com as AS produziu efeito negativo sobre o crescimento e rendimento da alface crespa cv. ‘Vera’, com redução de 15,99% (dS m-1)-1 sobre a massa de matéria fresca da parte aérea; não houve redução significativa para essa variável ao se usar a fonte NaCl. Sintomas de clorose generalizada foram verificados em plantas submetidas à fonte AS. Esse resultado foi atribuído a desequilíbrios nutricionais decorrentes da elevação do pH da solução nutritiva. A fonte AS produziu menor acúmulo foliar de Cu, Zn, Fe e Mn e maior acúmulo de Ca e Mg. O Experimento II foi conduzido com os mesmos níveis de salinidade do Experimento I, utilizando apenas águas salobras naturais, testando seus efeitos sobre duas variedades de alface (‘Vera’ e ‘AF 1745’). As águas foram usadas em todo processo produtivo (preparo da solução nutritiva e reposição da ETc). O aumento da salinidade levou à redução linear do crescimento das plantas de alface. As plantas apresentaram clorose generalizada no início do ciclo, mas esse sintoma não foi detectado na colheita. A variedade ‘Vera’ teve menor crescimento e rendimento absoluto que a ‘AF-1743’. Por outro lado, para ambas as variedades, a redução percentual em função da salinidade foi equivalente: o acúmulo de massa fresca da parte aérea foi reduzido à razão de 17,06 e 15,74 % (dS m-1)-1 para ‘Vera’ e ‘AF-1743’, respectivamente. O acúmulo foliar de N, P, Ca, Mg, Zn, Fe e Na foi maior na variedade ‘AF-1743’; já o acúmulo de K foi menor nessa variedade. O maior acúmulo de Na em ‘AF-1743’ pode explicar a presença de queima nas bordas das folhas mais velhas. No Experimento III, o aproveitamento de águas salobras de cinco diferentes poços foi avaliado para produção das duas variedades de alface anteriormente citadas. Essas águas foram ajustadas para um mesmo nível salino (2,2 dS m-1) e foram usadas para o preparo da solução nutritiva e para a reposição da ETc. A produtividade não foi influenciada pelas águas dos diferentes poços, mas, o rendimento da ‘AF-1743’ foi maior que o da variedade ‘Vera’ |