Efeito de diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia em dietas para ruminantes
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Zootecnia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Zootecnia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8126 |
Resumo: | Objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar o impacto de dietas contendo diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia, sobre a fermentação ruminal in vitro e o perfil da população de microrganismos ruminais (experimento 1) e o efeito destas dietas sobre o consumo e digestibilidade dos nutrientes, desempenho, utilização do nitrogênio e perfil metabólico sanguíneo de cordeiros em terminação (experimento 2). Nos dois experimentos foram testadas quatro dietas, tendo como volumoso o feno de Tifton-85 (580 g/kg de matéria seca) e as associações: milho + farelo de soja; milho + ureia; raspa de mandioca + ureia; palma forrageira + ureia. No experimento 1 foram realizados dois ensaios, utilizando a técnica in vitro semiautomática de produção de gases. No primeiro ensaio o tempo final de incubação foi de 24 h e no segundo ensaio o tempo final de incubação foi de 96 h. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro tratamentos (dietas) e cinco blocos (inóculos). A dieta contendo raspa + ureia resultou em maior (P<0,05) produção total de gases, maior produção de metano (CH4) e menor fator de partição. As dietas contendo ureia afetaram (P<0,05) as concentrações de isobutirato, isovalerato e valerato nos dois ensaios. Após 96 h de incubação, as dietas raspa + ureia e palma + ureia reduziram (P<0,05) a população de Ruminococcus flavefaciens, comparada a dieta milho + ureia. Houve também redução da população de Streptococcus bovis, comparada à dieta milho + farelo de soja. No experimento 2 foram utilizados 40 cordeiros, Santa Inês, machos não castrados, com peso corporal inicial médio de 22,8 ± 2,1 kg, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado. Os cordeiros alimentados com palma + ureia tiveram menor consumo (P<0,05) de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), lignina, carboidratos totais (CHT), carboidratos não fibrosos e energia; menor digestibilidade aparente (P<0,05) da MS, MO e CHT, bem como menor peso corporal final e ganho médio diário (g/dia). Os cordeiros alimentados com palma + ureia apresentaram também maior (P<0,05) concentração sérica de magnésio, maior (P<0,05) volume urinário e maior eficiência microbiana (relação entre o fluxo de N microbiano e a matéria orgânica digestível fermentada no rúmen). As dietas contendo milho resultaram em maior retenção (P<0,05) de nitrogênio e maior concentração sérica de colesterol, triglicerídeos e fósforo. A dieta contendo raspa leva a maior produção de CH4, reduzindo a eficiência de fermentação. As dietas contendo ureia em substituição total ao farelo de soja alteram a produção de ácidos graxos de cadeia curta e as populações de S. bovis e R. flavefaciens. As fontes de carboidratos milho, raspa de mandioca ou palma, em associação com a ureia, em dietas para cordeiros em terminação, não permite o mesmo desempenho de animais consumindo milho + farelo de soja. Dietas contendo milho + ureia propiciam taxa de ganho em peso corporal de 200 g/dia. |