Pesquisa de Enterococcus spp. resistentes a antimicrobianos e formadores de biofilme em queijo de coalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Maria Goretti Varejão da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8472
Resumo: Objetivou-se pesquisar Enterococcus spp. resistentes a antimicrobianos e formadores de biofilme em queijo de coalho, embalado na indústria, comercializado em hipermercados da cidade de Recife, Pernambuco. A técnica de pesquisa microbiológica empregada foi em conformidade com as normas NP 2079 com pequenas alterações. Verificou-se o crescimento de colônias características de Enterococcus spp. em meio ágar Slantz and Bartley em todas as amostras adquiridas. De 36 isolados de Enterococcus spp. foram identificadas três espécies bacterianas, sendo 44,4% de Enterococcus faecalis, 44,4% de Enterococcus faecium e 11,2% de Enterococcus durans. No método de disco-difusão para verificação da susceptibilidade aos antimicrobianos observou-se maior percentual de resistência, incluindo também a intermediária, na eritromicina (63,9%), seguido de nitrofurantoína (36,2%), tetraciclina (22,3%), vancomicina (2,7%) e ciprofloxacina (2,7%). Quanto à capacidade formadora de biofilme dos isolados de Enterococcus spp., não houve nenhum forte formador de biofilme, mas obteve-se fracos formadores de biofilme em 77,8% e moderados formadores de biofilme em 22,2%, no total das três espécies encontradas, e nenhum isolado estudado foi negativo quanto a capacidade de formar biofilme. A alta contaminação desse tipo de queijo analisado sugere possível falha nas boas práticas, desde a ordenha até a comercialização, onde se tem um produto pronto para consumo, sem desconsiderar a presença de Enterococcus spp. como elemento existente na fabricação do mesmo, sendo também relevante o potencial formador de biofilme por esse microrganismo devido à formação do mesmo provocar alterações fenotípicas de células planctônicas, que podem ser descritas como estratégias de sobrevivência dos microrganismos. Mais estudos microbiológicos em queijo de coalho deverão ser realizados devido a sua importância para economia e saúde pública.