Modelos de competição e predação em ambientes fragmentados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUZA, Carlos Augusto Melo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Estatística e Informática
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7781
Resumo: Na presente tese, consideramos dois modelos de interações ecológicas: um de competição por recursos e um de predação. Estudamos os efeitos da fragmentação dinâmica em um ecossistema em que espécies competem por recursos e também o papel desempenhado pela heterogeneidade do habitat em um modelo de um predador e duas presas. O modelo de competição tem como principal característica o fato que espécies diferentes possuem eficiências diferentes no uso dos recursos. Os indivíduos ocupam uma rede quadrada em que cada sítio só pode ser ocupado por um indivíduo, e estes morrem com uma taxa fixa. A heterogeneidade do habitat é introduzida através da distribuição dos recursos. Realizamos investigações sobre a relação entre a diversidade de espécies e a área do habitat, assim como com a heterogeneidade do habitat. Para realizar a fragmentação utilizamos um relevo gerado pelo Movimento Browniano Fracionário, que produz relevos em que a rugosidade pode ser controlada pelo parâmetro de Hurst, H. Observamos que a diversidade apresenta uma relação unimodal com a heterogeneidade espacial, onde um pico é observado para heterogeneidades intermediárias. Verificamos dois regimes em lei de potência para a relação espécie-área, um para áreas pequenas e outro para áreas grandes. Notamos que a fragmentação dinâmica gerada a partir de relevos muito rugosos permite a coexistência de um maior número de espécies quando comparamos com aquela gerada a partir de relevos suaves. No modelo de predação, consideramos a interação de três espécies, uma do tipo predadora e duas do tipo presa. Nesse modelo, cada sítio da estrutura espacial em que as espécies estão inseridas só pode ter um de quatro estados possíveis, a saber, ocupado pela presa tipo 1, ocupado pela presa tipo 2, ocupado pelo predador ou vazio. As interações ocorrem localmente, em que um indivíduo que ocupa um sítio escolhido aleatoriamente só pode interagir com um dos quatro vizinhos adjacentes a ele. Como no caso da competição, a forma com que os recursos estão distribuídos, determina a heterogeneidade do ambiente. Nessa rede, cada sítio possui dois recursos apenas. A taxa de reprodução das espécies do tipo presa é calculada através de uma função de adaptabilidade aos recursos. Nosso objetivo nesse modelo é verificar a influência da heterogeneidade ambiental sobre o estado final. Observamos que a heterogeneidade ambiental favorece a coexistência das três espécies. Verificamos que para heterogeneidades intermediárias, a probabilidade de coexistência aumenta.