A hipótese da aparência ecológica poderia explicar a importância local de recursos vegetais em uma área de caatinga?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: LUCENA, Reinaldo Farias Paiva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4927
Resumo: O presente trabalho visou identificar as relações entre uma comunidade rural e os recursos da vegetação lenhosa nativa de um fragmento florestal no domínio da caatinga, no município de Caruaru (Nordeste do Brasil). Foram realizados levantamentos para o estudo do conhecimento botânico local por meio de observação participante, turnê guiada e entrevistas semi-estruturadas. Parcelas amostrais semipermanentes foram lançadas em duas áreas do fragmento, uma distante 2km e uma adjacente à comunidade, para caracterização da vegetação lenhosa, com coleta de dados para posterior cálculo de abundância e dominância ecológica, e de material botânico para identificação. Paralelamente, testou-se a hipótese de que a disponibilidade de um recurso (“aparência”) relaciona-se com a sua importância relativa (designada por meio do valor de uso). Os 98 informantes reconhecem usos para 32 espécies lenhosas na área distante e 34 na área adjacente à comunidade, distribuídas em oito categorias de uso: combustível, construção, medicinal, alimentação, forragem, tecnologia, veterinário e outros usos. Os produtos madeireiros da vegetação concentram a maior riqueza de espécies e citações de uso. Embora os homens e as mulheres tendam a atribuir valores de usos similares para as espécies, os homens atribuem maiores valores, principalmente às relacionadas aos usos madeireiros. A parte da planta mais utilizada foi a madeira seguida da casca do caule. A aparência explica, de forma pouco expressiva, o valor de uso das plantas nas categorias medicinal, construção, combustível e tecnologia.