Etapas prévias à soltura de macacos-prego-galego (Sapajus flavius) : aplicando protocolos comportamentais e sanitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: NEVES, Isadora Melo das
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9160
Resumo: Aproveitar os alimentos disponíveis, evitar a predação e manter-se saudável representam os padrões comportamentais básicos, sujeitos às pressões seletivas que moldam a vida dos animais. São diversas as estratégias dos primatas para evitar a predação, encontrar e usufruir do potencial energético da sua dieta e continuar vivo. Os macacos-prego galegos (Sapajus flavius) são primatas pertencentes à família Cebidae, apresentam porte médio, são arborícolas e endêmicos da Mata Atlântica do nordeste brasileiro. Encontram-se nas listas, nacional e internacional, das espécies ameaçadas de extinção, sendo a caça e a fragmentação de seus habitats, os principais fatores que impactam sua sobrevivência. Mesmo sob cuidado humano especializado, os primatas particularmente emprobecem seu repertório comportamental e exibem estereotipias não observadas em seu meio natural. Para evitar a extinção, entre as medidas de conservação, a reintrodução se apresenta com o objetivo de restabelecer populações de espécies que possuem grande importância para a biodiversidade local. Foi pensando nisso, que a presente dissertação desenvolveu protocolos para avaliar as respostas de uma colônia cativa, formada por sete indivíduos, residente no zoológico do Parque Estadual de Dois Irmãos, no Recife/PE. Entre os protocolos, foram incorporados na dieta dos animais, itens consumidos pela espécie na natureza que não constavam na dieta do zoo e realizadas simulações para apresentação de presas vivas e taxidermizadas, aproveitando as oportunidades de provar os novos itens alimentares e reagindo mais prontamente aos predadores vivos que os taxidermizados. Todos os animais reagiram conforme o esperado em relação aos dois tipos de enriquecimento ambiental. Também foi desenvolvido um protocolo sanitário para avaliar a saúde dos animais, por meio da confecção de uma árvore decisória que avalia critérios clínicos e biológicos, visando o aumento da chance de sobrevivência dos indivíduos na natureza e a mitigação de riscos epidemiológicos na preparação de uma possível soltura em um programa de reintrodução, tanto para as espécies reintroduzidas como para as espécies nativas dos possíveis locais de soltura.