Brincantes do silêncio: a atuação do Estado Ditatorial no carnaval do Recife (1968-1975)
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em História |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4717 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objetivo descrever a atuação do Estado Marcial durante os Anos de Chumbo através do Carnaval, festa popular onde normalmente os padrões de conduta são ditados pela espontaneidade, pelo improviso e pela inversão de valores normalmente observados na sociedade cotidianamente. Assim, faz-se necessário perceber que existe uma relação de forças entre os atores sociais envolvidos nas festas, encarando estas como formas de escape e manutenção de algumas características inerentes ao Estado de Direito, como a liberdade; e uma segunda força, manifestada por uma legislação específica em prol de ditames como ordem, bons costumes e afastamento da subversão. Embora não seja algo totalmente novo a repressão por parte do Estado ao brinquedo momesco, as características que envolveram a Ditadura Militar durante os anos de 1968 e 1975 permitem uma análise mais pormenorizada de como se determinou o espaço social destes grupos na defesa de seus ideais, assim como qual foi a resposta apresentada pelos representantes do poder em relação aos modos de comportamento daqueles e em que medida mudanças e permanências surgiram em virtude deste embate ideológico. Ao longo de três capítulos, o trabalho tem a intenção de mostrar, através de documentos, jornais e memórias, os percursos percorridos em busca de entender como se deu essa atuação do Estado Ditatorial, em um dos períodos mais obscuros da História do Brasil, sobre a farsa carnavalesca. No primeiro capítulo, procuramos enfocar uma análise historiográfica de como a festa apresentou-se enquanto brincadeira reprimida e em que medida essa repressão provocou a tentativa de disciplinamento, bem como modificações ou continuidades para a festa. No segundo capítulo houve a busca por uma análise política dos fatos, procurando abordar a participação direta dos Poderes Executivo e Legislativo em relação ao tríduo de Momo, dando enfoque às relações entre civis e militares. Por fim, o terceiro capítulo busca contemplar a utilização de memórias, tanto de participantes das festividades, como de militares importantes para o período, de forma a analisar os caminhos percorridos em busca da tessitura da festa, assim como a participação do Poder, sobretudo da atuação direta sobre a primeira. |