Síntese verde de nanopartículas de prata por microrganismos filamentosos (fungos e actinomicetos) isolados da caatinga e avaliação das propriedades biológicas aplicadas à agropecuária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: ARAÚJO, Vivianne Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9662
Resumo: As nanopartículas metálicas (NPM) tem despertado grande interesse da comunidade científica nos últimos anos devido ao seu grande número de aplicações em diversas áreas da ciência. O presente trabalho teve como objetivo sintetizar nanopartículas de prata utilizando fungos filamentosos e Actinomicetos (Gênero Streptomyces), e caracterizá-las quanto a sua natureza físico-química, bem como avaliar seu potencial biológico. Para a produção e biossíntese extracelular das nanopartículas de prata (AgNPs) foram utilizados os fungos: Aspergillus tamarii, Mucor subtilissimus, Aspergillus terreus e 4 linhagens de Actinomicetos (Streptomyces sp. DPUA 1542, S. sp. DPUA 1557, S. malasyensis DPUA 1571, S. parvulus DPUA 1573). Após a síntese verde, as AgNPs foram caracterizadas através de espectrofotometria UV-Vis, espectroscopia FTIR, Difração de raios-X (DRX), tamanho de partícula (DLS) e potencial ZETA, bem como a avaliação da atividade carrapaticida e cupinicida. Os resultados obtidos quanto a síntese de AgNPs demonstraram que os fungos filamentosos testados não foram capazes de produzir AgNPs. Porém, duas das linhagens de Streptomyces (Streptomyces sp. DPUA 1542 e Streptomyces sp. DPUA 1557) apresentaram produção significativa, e estas foram utilizadas para os ensaios de caracterização. A linhagem Streptomyces sp. DPUA 1542 (cultivada no meio ISP-2) obteve AgNPs com alterações na propriedade de Ressonância Plasmônica de Superfície (SPR) na região próxima ao comprimento 420nm. Enquanto, as AgNPs oriundas do Streptomyces sp. DPUA 1557, utilizando farinha de soja, apresentou variação SPR na região próxima ao comprimento 400nm. Análise do potencial zeta evidenciou picos de -26,46 mV (para as AgNPs de Streptomyces sp. DPUA 1557) e -26,9 mV (para as AgNPs de Streptomyces sp. DPUA 1542), indicando um bom estado de estabilidade das partículas. Quando submetidas aos ensaios biológicos visando avaliar atividade carrapaticida e atividade termicida, as nanopartículas não apresentaram efeito frente ao carrapato Dermacetor nitens. No entanto, foram observados excelentes resultados, 100% de eficácia quando testadas frente ao cupim Nasutitermes corniger e, principalmente quando associadas ao Extrato aquoso de Cassia grandis, planta largamente encontrada no Sertão Pernambucano. Os processos de síntese utilizados apresentaram alta reprodutibilidade, e estão de acordo com os princípios da química verde e da sustentabilidade, apresentando-se como uma alternativa de baixo custo e biocompatível na síntese de AgNPs.