Ação do extrato etanólico da Hymenaea martiana na produção de biofilme e aderência de Aeromonas spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MARIZ, Monique Monteiro Pinto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7287
Resumo: O uso de fitoterápicos na produção animal tem se mostrado promissor por serem produtos naturais, biodegradáveis e com atividade antimicrobiana contra diversos patógenos, inclusive de peixes. Objetivou-se testar a ação do extrato etanólico bruto (EEB) da folha de Hymenaea martiana na formação e consolidação do biofilme in vitro, sua atuação quanto fatores de aderência produzida por Aeromonas spp. e avaliar sua toxidade, propondo um modelo ex vivo, utilizando como substrato epitélio de Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). As amostras bacterianas foram submetidas a teste molecular para determinação de seu potencial patogênico pela detecção de cinco genes (aer-aerolisina, lip-lipase, ahy-elastase, fla- flagelina e ast-enterotoxinas) envolvidos na produção de fatores de virulência e na formação de biofilmes pelo micro-organismo estudado. Os isolados foram quantificados em forte, moderado e fraco formadores de biofilme através de leitor de microplacas do tipo ELISA, após coloração com violeta de genciana. Foram analisados in vitro quanto a ação bactericida e em seguida quanto ao seu potencial na formação e consolidação do biofilme. Fatores importantes como produção de cápsula e motilidade dos isolados foram observados em testes como vermelho congo e ensaio de motilidade em meio semi-sólido respectivamente para a compreensão da relação de fatores genotípicos com as respostas fenotípicas. Na avaliação ex vivo foi observado a olho nu e microscópio óptico a ação do extrato quanto a sua toxidade, presença da A. spp. aderida a pele de tilápia e possíveis modificações morfológicas. Os isolados apresentaram 17 combinações genéticas, sendo ausente em 3 isolados dos genes pesquisados, não interferindo na produção do biofilme em nenhum dos 30 isolados testados, onde 100% foram formadores de biofilme, com 16,6% como fortes aderentes. Os resultados foram relevantes in vitro, inibindo a ação do biofilme em formação e consolidado, além de inibir a motilidade, produzindo zonas de migração menores que as amostras controle, sem extrato. No modelo ex vivo não ficou demonstroda toxidade no grupo exposto somente ao extrato. No grupo onde as amostras foram submetidas ao EEB+Inóculo houve ação degradante no epitélio, porém em menor amplitude quando comparada com o Grupo B, apenas com a presença do inóculo no epitélio. O uso fitoterápico se apresentou promissor contra a formação e consolidação do biofilme e aderência bacteriana, além de não ter se mostrado tóxico no modelo ex vivo.