A contribuição do estágio curricular supervisionado na formação profissional do graduando em agronomia da UFRPE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOUZA, Vera Lúcia Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Administração
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento Rural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4672
Resumo: O mundo contemporâneo exige cada vez mais um profissional capacitado, com competências específicas para exercer determinadas atividades nas organizações. Com isto, as Universidades têm um grande compromisso com a formação profissional de seus alunos, que pode ser fortalecida a partir do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório - ESO, o qual possibilita uma aproximação entre a academia e a realidade do meio profissional. A pesquisa realizada para a elaboração deste trabalho buscou investigar as atividades do ESO, no contexto da formação dos graduandos do curso de Agronomia localizado na sede da UFRPE, nas usinas do setor Sucroenergético do Estado de Pernambuco, no período de 2009 a outubro de 2011. Período este imediatamente posterior à nova legislação do estágio, a Lei nº 11.788/08 que regula as condições de realização do estágio junto a organizações, como parte integrante da formação profissional. O ESO pode ser visto como uma ferramenta de treinamento para o futuro profissional, no qual o aluno inicia sua formação prática, vivenciando experiências com profissionais da área, vivência nas rotinas de trabalho, além da oportunidade de participação em cursos e treinamentos específicos, que irão corroborar com a sua formação. O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa de campo com natureza descritiva. Assim, a estratégia é analítica e os dados foram coletados de forma a descrever o fenômeno estudado. Foram utilizadas duas técnicas de coleta de dados diferenciadas: questionários junto aos graduandos e entrevistas semiestruturadas junto aos gestores das usinas. Os dados coletados se referem a 75% das Usinas que mais ofertaram vagas de estágio no setor Sucroenergético. Em relação aos estagiários e ex-estagiários, foram enviados os questionários e todos os 38 participantes do setor pesquisado responderam. Dentre os resultados do estudo, foi identificado que o meio de Recrutamento e Seleção mais utilizado nas Usinas é a “indicação”, devido à própria cultura do setor, em que muitos familiares dos alunos trabalham na área. As Usinas, segundo os gestores e alunos, oferecem de cursos de treinamento e capacitação aos estagiários, especialmente voltados à capacitação técnica específica do setor e aspectos comportamentais como trabalho em equipe e liderança. Os gestores entrevistados foram unânimes em afirmar que o estágio é um facilitador para o ingresso do profissional no mercado, corroborando com autores estudados como Kunz (1999) e Andrade (2005). A principal vantagem em receber estagiários, segundo os gestores, é a formação de mão de obra qualificada, aprendizado conjunto em soluções do dia a dia e participação mútua entre conhecimento prático e teórico. Os benefícios relacionados à nova Lei de Estágio, segundo os gestores, foram à obrigatoriedade de recebimento de bolsa e a redução de carga horária do estágio em momentos de verificações de aprendizagem. Os alunos consideram o ESO como uma ferramenta fundamental, que facilita a inserção no mercado de trabalho, construindo conhecimentos práticos e uma rede de relacionamento que possibilita sua futura efetivação. O estágio então possibilita ao aluno vivenciar responsabilidades e compromissos no exercício de sua função, conhecer sua área de atuação e rotina profissional, podendo ser entendido como forma de inclusão profissional.