Correlação entre o eletrorretinograma de campo total em fase fotópica e ultrassonografia ocular em modo -b de cães com catarata

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: PEREIRA, Marina Cavalcanti
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Medicina Veterinária; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
• Palavras-chave em Português: Cão; Degeneração Vítrea; Eletrofisiologia ocular; Ultrassonografia; Eletrorretinografia; Catarata; CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8892

Toda alteração em cristalino que culmine com sua opacidade é denominada catarata. É uma das principais afecções que acarretam cegueira nos cães. Alguns fatores podem desencadear seu desenvolvimento como problemas nutricionais, metabólicos, senilidade e hereditariedade. Com várias classificações, seu estágio de desenvolvimento e etiologia são os mais utilizados. Além da cegueira já citada, a evolução da afecção pode desencadear inflamações como a uveíte, descolamento de retina e glaucoma. Apesar de estar em discussão o uso de colírios como a cinerária marítima e lanesterol, o único tratamento reconhecido como eficaz pelos conselhos de oftalmologia é o cirúrgico. A técnica de eleição é a facectomia e é recomendado que sejam realizadas a ultrassonografia ocular e eletrorretinograma de campo total (ERG), afim de avaliar a saúde do bulbo ocular e a função retiniana, respectivamente. O objetivo da realização desse estudo foi verificar se há relação entre a resposta obtida no ERG em sua fase de adaptação ao claro e a degeneração vítrea percebida após a ultrassonografia ocular. Para isso, foram avaliados 57 olhos de 31 cães com catarata atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco, sem preferência por idade, raça ou sexo com ultrassonografia ocular em modo -B e o eletrorretinograma de campo total, fase fotópica. A raça predominante foi a Poodle, a idade variou de 2 a 16 anos, 15 eram machos e 16 fêmeas. Quanto a degeneração vítrea (DV) 35,8% dos bulbos oculares apresentavam grau zero; 35,8% graus um e dois e 10,52% grau 3. Em 12,56% havia hialose, 3,5% descolamento parcial da retina. Nesse estudo não foi observada relação entre a DV e a catarata, nem quanto a idade dos cães e o grau de DV. Quanto ao ERG, 10 olhos não apresentaram traçado e 47 apresentaram atenuação dos valores. Quando avaliados os resultados dos exames em conjunto, não se observou correlação entre estágio de desenvolvimento da catarata e o a resposta do ERG, posicionamento da opacidade e o ERG e o grau de degeneração vítrea e o ERG.