Efeitos subletais de acaricidas utilizados no controle de Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae) sobre Neoseiulus baraki (Athyas-Henriot) (Acari: Phytoseiidae)

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: LIMA, Débora Barbosa de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Agronomia; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
• Palavras-chave em Português: Acaricida; Ácaro; Controle químico; Controle biológico; Aceria guerreronis; FITOSSANIDADE::ENTOMOLOGIA AGRICOLA
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5506

Aceria guerreronis Keifer é uma das principais pragas do coqueiro no mundo, sendo a aplicação de acaricidas o principal método de controle utilizado contra essa espécie. Contudo, o sucesso do controle químico depende de aplicações corretas e frequentes de acaricidas. Assim, particular atenção tem sido dada a busca de um predador que possa ser eficiente no controle biológico de A. guerreronis. Dentre os predadores associados a A. guerreronis, N. baraki destaca-se como promissor no controle dessa praga. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito subletal de acaricidas utilizados contra A. guerreronis em N. baraki. Os seguintes parâmetros foram avaliados: atividade global da população, comportamento de acasalamento, resposta funcional, tabela de vida de fertilidade de fêmeas expostas a acaricidas e de sua prole, e comportamento de forrageamento. Efeitos subletais de acaricidas foram observados em todos os parâmetros avaliados. A atividade global e o comportamento de acasalamento do predador foram afetados por azadiractina. O tipo de resposta funcional e tempo de manipulação da presa (Th) não foram alterados, mas a taxa de ataque (a') foi reduzida por fenpiroximato e abamectina, esse último também reduziu o pico de consumo. Fêmeas expostas a abamectina (F0) não produziram descendentes, fenpiroximato não afetou os parâmetros de tabela de vida das fêmeas expostas (F0), mas afetou os descendentes produzidos (F1). Alterações na taxa instantanea de crescimento (ri) da segunda geração (F2) não foram observadas. O forrageamento de predadores expostos aos acaricidas foi comprometido, eles não foram capazes de distinguir entre frutos infestados e não infestados. Os acaricidas afetaram pelo menos um parâmetro do predador avaliado indicando que o uso contínuo desses acaricidas pode comprometer a eficiência do controle biológico de A. guerreronis por N. baraki.