Avaliação histomorfológica, morfométrica e de características biomecânicas das membranas pericárdicas bovinas submetidas a um novo meio de conservação (ERS®-04-09-11-16-21)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: RODRÍGUEZ-SALAS, Ernesto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5499
Resumo: A busca de materiais, métodos e meios de conservação de membranas e tecidos vêm sendo realizada seja para preservação de peças anatômicas ou para uso nos transplantes homólogos e heterólogos. No presente trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os materiais e meios de conservação de membranas biológicas utilizadas em procedimentos cirúrgicos. Três experimentos objetivaram: (I) - Determinar a concentração dos antibióticos benzilpenicilina, sulfato de estreptomicina e anfotericina B no meio de conservação ERS®04-09-11-16-21; (II) - Caracterizar a morfologia e histopatologia das MPBs (III) - Avaliar as características biomecânicas das MPBs, conservadas no meio proposto. Inicialmente, foram coletadas 10 MPBs, que após processadas, registraram peso médio de 21 g. Para determinação da concentração de penicilina, utilizou-se a dosagem atendendo ao peso, enquanto que para o sulfato de estreptomicina e anfotericina B, adaptou-se o procedimento utilizado em cultivo celular. Os resultados finais indicaram dosagens de 2,0 mg/ml; 0,035 mg/ml e 0,030 mg/ml nesta ordem respectivamente. No experimento II – quatro amostras foram coletadas e seccionadas em 10 fragmentos de 2 cm2, determinando-se peso, tamanho e espessura, segundo os tratamentos T-0 - In natura; T-30 -, T-60 e T-90, respectivamente aos 30, 60 e 90 dias da coleta. Os resultados morfofométricos demonstraram aumento de espessura, tamanho e peso das MPBs nos diversos tempos em relação ao estado in natura e estudos histopatológicos (microscopia óptica e eletrônica) evidenciaram a manutenção da estrutura das MPBs, apesar de haver um maior espaçamento entre as fibras colágenas. Os fibroblastos apresentaram graus variados de vacuolização e necrose em todos os tempos. No terceiro experimento, obedeceram-se aos mesmos procedimentos de coleta e conservação do experimento II. Já, o tamanho das amostras foi de 13 cm x 20 cm para avaliação da espessura, força máxima, tensão e alongamento por meio de dinamômetro computadorizado EMIC. Tendo em vista todos os resultados, conclui-se que o meio proposto é capaz de manter as MPBs livres de contaminantes por um de 90 dias com o mesmo padrão morfológico e arranjo das fibras colágenas. As MPBs conservadas no meio e mantidas em temperatura de refrigeração 12±2ºC podem ser utilizadas em procedimentos cirúrgicos num período ideal entre 13 e 69 dias dado pela conservação da capacidade de alongamento e pelo aumento da força máxima e espessura. Houve também uma redução da tensão a que foi submetida a MPB, em função do tempo, o que não compromete o uso das MPBs em procedimentos cirúrgicos como reconstituição de cápsulas articulares, herniorafias, cirurgia reparadora de extensos traumatismos com perda de tecido conjuntivo, entre outros.