Epidemiologia da podridão-de-cratera em frutos de meloeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: SENHOR, Rosenberg Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6654
Resumo: A podridão-de-cratera, causada pelo fungo Myrothecium roridum, é uma importante doença dos frutos de meloeiro (Cucumis melo) nos pólos produtores do Nordeste brasileiro. Este trabalho teve como objetivos avaliar a influência dos métodos de inoculação (gota, pulverização, gota com ferimento, pulverização com ferimento e injeção subepidérmica), da intensidade do ferimento (0, 1, 3, 5, 7, 9 e 10 ferimentos), da idade do ferimento (0, 3 e 6 horas), da idade do fruto (12, 22 e 27 dias), da umidade (sem e com câmara úmida), da temperatura (15, 20, 25, 30, 35 e 40 °C) e da concentração de inóculo (101, 102, 103, 104, 105, 106 e 107 conídios.mL-1) de três isolados de M. roridum (LE-609, LE-636 e LE-766) na severidade da podridão-de-cratera em frutos de meloeiro dos tipos Amarelo (cv. AF-682) e Honeydew (cv. Orange Flesh). As inoculações foram realizadas em frutos sadios de meloeiro, após lavagem e desinfestação superficiais. Cada fruto foi inoculado em seis pontos eqüidistantes e a avaliação da severidade da podridão-de-cratera realizada cinco dias após, pela mensuração da área lesionada externa em cada ponto inoculado. A severidade da doença foi influenciada pela interação entre métodos de inoculação, isolados e cultivares. Nãohouve desenvolvimento de lesões nos frutos quando as inoculações foram realizadas sem ferimento. As inoculações por pulverização ou gota com a suspensão de conídios propiciaram as maiores lesões nos frutos submetidos a ferimentos. A inoculação por injeção subepidérmica propiciou lesões menores que os métodos de pulverização ou gota com ferimento. A severidade aumentou com o incremento do número de ferimentos, atingindo o máximo com 10 ferimentos. Verificou-se uma tendência de redução da severidade da doença nos frutos com o aumento da idade do ferimento. As lesões foram significativamente menores nos frutos feridos seis horas antes da inoculação do que naqueles feridos imediatamente antes da inoculação. A idade do fruto não foi determinante para elevação ou redução da severidade da podridão-de-cratera. A presença de água livre na superfície dos frutos foi desnecessária para o início do processo de infecção pelos isolados de M. roridum, embora as lesões tenham sido maiores nos frutos submetidos à câmara úmida. Na ausência da câmara úmida, as maiores lesões foram verificadas na cultivar Orange Flesh. Todos os isolados de M.roridum provocaram sintomas da doença, destacando-se LE-639 ao causar as maioreslesões com e sem a câmara úmida. A temperatura influenciou significativamente a severidade da doença. As temperaturas ótimas estimadas para o desenvolvimento da doença nas cultivares AF-682 e Orange Flesh foram 26,1 ºC e 26,2 ºC, respectivamente. As menores lesões foram estimadas a 38,6 ºC em todas as interações. A severidade da doença aumentou com o incremento na concentração de inóculo de M. roridum, atingindo o máximo com 107 conídios.mL-1. Na cultivar AF-682, não foi observada a presença de sintomas nos frutos inoculados com o isolado LE-609 na concentração de 101 conídios.mL-1, bem como com os isolados LE-639 e LE-766 nas concentrações de 103 e 102 conídios.mL-1, respectivamente. Na cultivar Orange Flesh, todos os isolados do patógeno induziram sintomas a partir da concentração de 103 conídios.mL-1.