Avaliação microbiológica do leite de caprinos criados no Semiárido Sergipano e susceptibilidade a agentes antimicrobianos in vitro
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8894 |
Resumo: | Em virtude da escassez de informação, faz-se necessária a caracterização da situação epidemiológica envolvendo a resistência bacteriana nas produções de caprinos leiteiros de Sergipe. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a frequência e o perfil de sensibilidade a antimicrobianos de bactérias isoladas de amostras de leite caprina de alguns municípios do estado de Sergipe. O estudo foi conduzido em 28 caprinoculturas de quatro municípios do Semiárido Sergipano. A pesquisa foi realizada com todas as fêmeas em lactação de cada rebanho (N = 263) com idade superior a um ano, obtidas de maneira aleatória, com uma amostragem não probabilística por conveniência. Foram coletadas amostras de leite dos dois tetos, totalizando 526 amostras. Cultivo e isolamento bacteriano bem como o estudo do perfil de sensibilidade a antibióticos foi realizado. Para este último, foram avaliados os seguintes princípios: amoxicilina com ácido clavulânico, amicacina, amoxicilina, ampicilina com sulbactam, ciprofloxacina, cefalexina, cefalotina, ceftriaxona, clorafenicol, doxiciclina, enrofloxacina, gentamicina, levofloxacina, ofloxacina, penicilina G e tetraciclina. Um formulário foi aplicado para obter informações zootécnicas de cada propriedade. Os dados foram descritos como frequências absolutas e relativas. A avaliação de significância das comparações entre as características dos rebanhos e o isolamento bacteriano foi realizada por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson. O isolamento bacteriano ocorreu em 15,4% (81/526) das amostras de 23,2% (61/263) dos caprinos. Escherichia coli (45,9%), Staphylococcus caprae (16,4%) e Enterococcus faecalis (11,5%), foram as espécies mais frequentemente isoladas. Os isolamentos bacterianos foram predominantes em rebanhos leiteiros com até 50 animais, produção de 20 a 50 litros/dia e no município de Porto da Folha. Em termos de suscetibilidade antimicrobiana, a maioria dos isolados demonstrou resistência à penicilina e amoxicilina (88,5%), seguida de ceftriaxona (23%), ofloxacina (23%), tetraciclina (23%), doxiciclina (19,7%), cloranfenicol (11,5%), levofloxacina (11,5%), ampicilina/sulbactam (8,2%), amicacina (6,6%), cefalotina (4,9%), cefalexina (3,3%) e gentamicina (3,3%). Aproximadamente 20% dos isolados foram multirresistentes, especialmente E. coli (50%) e S. aureus (16,7%). A E. coli, foi a espécie mais frequente nas amostras, além de ser a espécie que mais apresentou isolados multidroga resistentes (MDR; 50%), com cepas resistentes a beta-lactâmicos, aminoglicosídeos, quinolonas, tetraciclinas e cloranfenicol. O S. aureus foi a segunda espécie com maior frequência de cepas MDR. |