Estrutura e dinâmica de uma floresta tropical seca em Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Anderson Francisco da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciência Florestal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7373
Resumo: A dinâmica de uma floresta permite avaliar o crescimento, a mortalidade e o recrutamento, bem como, as variações da composição florística, conhecimentos que são de extrema importância para o manejo sustentável e a conservação dos ecossistemas florestais. Este trabalho teve como objetivo analisar a estrutura e a dinâmica de uma Floresta Tropical Seca, município de Floresta, Pernambuco. O inventário florestal foi realizado em quatro anos (2008, 2011, 2014 e 2017) visando analisar a dinâmica da vegetação arbustivo-arbórea nos intervalos 2008-2011; 2011-2014; 2014-2017; 2008-2014 e 2011-2017. Para o levantamento foram utilizadas 40 parcelas permanentes com dimensões de 20x20 m para indivíduos adultos e 40 subparcelas de 5x5 m para a regeneração natural. Foram avaliados os parâmetros fitossociológicos para os componentes da estrutura horizontal e para os regenerantes, índices de diversidade, bem como a análise da distribuição diamétrica. Nos levantamentos o número de famílias oscilou entre 7 e 9, o de espécies entre 23 e 25. A perda de indivíduos foi 38,85% no período 2008-2017. A Poincianella bracteosa, em todos os levantamentos, sobressaiu-se em termos de densidade de indivíduos, frequência e dominância, porém a Aspidosperma pyrilifolium apresentou a maior média de fustes por indivíduo. As espécies de maiores valores de importância foram Poincianella bracteosa, Mimosa ophthalmocentra, Myracrodruon urundeuva e Aspidosperma pyrifolium. O índice de Shannon variou de 1,73 a 1,92 nats ind-1 e o de Pielou entre 0,43 a 0,48. As espécies apresentaram pequenos crescimentos bruto e líquido, e em alguns casos negativos, devidos a alta taxa de mortalidade provocada pela longa estiagem no período estudado. A distribuição diamétrica se apresenta com uma tendência a ser balanceada e com forma de J invertido. As duas primeiras classes diamétricas apresentaram as maiores perdas de indivíduos nos períodos analisados. O número de indivíduos regenerantes na área também diminuiu ao longo do tempo, corroborando com a problemática de permanência de plantas jovens nas duas classes diamétricas iniciais, também como consequência do longo período de estiagem. A composição florística e diversidade de espécies arbustivo-arbóreas apresentam poucas modificações nos períodos estudados. As espécies Poincianella bracteosa, Mimosa ophthalmocentra, Myracrodruon urundeuva, Aspidosperma pyrifolium e Cnidoscolus quercifolius são predominantes em termos de estrutura horizontal em todos os períodos. A regeneração natural apresenta poucas mudanças e é dominada pelas espécies Bauhinia cheilanta, Poincianella bracteosa e Jatropha molissima em todos os períodos. Algumas espécies apresentaram crescimentos bruto e líquido positivo apesar da seca severa na área. A distribuição diamétrica apresentou diminuição de indivíduos nas primeiras classes devido apresentar taxa de mortalidade superior à de ingressos. A seca prolongada foi o principal fator de modificações estruturais da vegetação.