Abundância, distribuição e caraterização morfológica de larvas de Atherinella brasiliensis (Atherinopsidae,Atheriniformes) no estuário do rio Jaguaribe,Pernambuco, Brasil
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6288 |
Resumo: | O presente trabalho apresenta informações sobre larvas de Atherinella brasiliensis, no estuário do rio Jaguaribe, localizado no litoral norte do estado de Pernambuco. O mesmo teve como objetivo, caracterizar a abundância e distribuição de larvas desta espécie, bem como, caracterizar o seu desenvolvimento inicial, através da descrição de sua morfologia externa e aspectos morfométricos. Foram realizadas coletas mensais de ictioplâncton, no período de abril de 2001 a abril de 2002, através de arrastos horizontais na superfície, com rede de plâncton cônico-cilíndrica, de malha de 500 μm, em seis diferentes estações de amostragem. Os valores médios de salinidade e temperatura registrados foram menores nos meses de janeiro e junho, com 17,44 e 27,26 ºC, e os maiores nos meses de dezembro e abril, com 37,73 e 29,90ºC, respectivamente. Uma densidade total de 258,04 larvas.10m-3 foi registrada para todo o período, sendo 94,23% delas representadas pelo estágio de pré-flexão. As maiores ocorrências de larvas foram registradas nos meses de outubro, janeiro e março, e a menor em setembro. Dentre as estações, as maiores densidades foram registradas na porção superior do estuário, a qual apresentou águas calmas e rasas. Larvas de A. brasiliensis eclodem com comprimento padrão (CP) médio de 1,4mm. No estágio de pré-flexão, a larva apresenta o corpo revestido por membrana embrionária, que se inicia logo atrás da cabeça e a larva apresenta quatro cromatóforos dendríticos sobre a cabeça. O estágio de flexão inicia-se com CP de aproximadamente 3,8mm, as nadadeiras dorsal e anal já evidenciam a presença de pterigióforos e a bocaassume uma posição terminal, sendo esta ligeiramente inclinada para cima. Com CP médio de 4,7mm, a larva encontra-se no estágio final da flexão e início da pós-flexão. No estágio de pós-flexão, apresenta uma maior ossificação dos raios das nadadeiras dorsal e anal, já apresentando também o botão da nadadeira pélvica e um adensamento da pigmentação lateral. Com aproximadamente 12,0mm de CP, a larva apresenta todas as nadadeiras formadas, sendo a primeira nadadeira dorsal a última a passar pelo processo de ossificação, estando localizada em posição posterior à anal. O estágio juvenil tem inicio com CP de aproximadamente 15mm. Nesta fase, A. brasiliensis apresenta a nadadeira anal localizada na porção mediana do corpo e a margem posterior das peitorais ultrapassa a origem das pélvicas, sendo estas últimas localizadas no ponto médio entre as origens das nadadeiras peitoral e anal. Na região dorso-lateral, próximo à cabeça, é possível visualizar escamas. Os resultados indicam que a espécie tem boa parte do seu ciclo de vida ocorrendo no estuário e que a mesma apresenta desova do tipo parcelada. O seu principal período de recrutamento ocorre nos meses de janeiro a março e as características morfológicas aqui descritas permitem uma adequada identificação de suas larvas, bem como sua diferenciação daquelas da família Hemiramphidae e de outras espécies de Atheriniformes. |