Estrutura trófica da ictiofauna estuarina e marinha do complexo Itapissuma/Itamaracá, norte de Pernambuco, Brasil
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7939 |
Resumo: | Os ambientes estuarino e costeiro do Complexo Itapissuma/Itamaracá (IIC), Pernambuco, Brasil, destacam-se como áreas de relevante importância biológica, pesqueira e social. Dada a complexidade e a importância do IIC, este trabalho tem o objetivo de investigar a estrutura trófica da ictiofauna e a conectividade entre os ambientes estuarino e costeiro, através das guildas ambientais e tróficas, dos isótopos estáveis de carbono (δ13C) e nitrogênio (δ15N) e do modelo Ecopath. Os dados foram coletados entre 2013 e 2015 nas regiões estuarina e costeira do IIC. Foram coletadas 141 espécies de 34 famílias sendo 66 espécies (47%) exclusivas no estuário, 50 espécies (35%) na costa e 25 (18%) em ambos os ambientes. No estuário, as espécies marinhas foram dominantes em riqueza e biomassa e as espécies estuarinas em abundância. Migrantes marinhas apresentaram maior riqueza, abundância e biomassa nas águas costeiras. Zoobentívoros dominaram em riqueza e os detritívoros em abundância e biomassa no estuário. Na costa, zoobentívoros apresentaram maior riqueza e abundância e os piscívoros tiveram maior biomassa. Foram obtidos os δ13C e δ15N de 9 fontes basais, 8 invertebrados e 16 espécies de peixes. No estuário, δ13C de peixe e δ15N de invertebrados e na costa, o δ13C de POM (Matéria Orgânica Particulada), SOM (Matéria orgânica no Sedimento) e δ15N de POM, SOM e peixe foram mais enriquecidos (p < 0,05). Espécies de peixes capturadas no estuário e na costa, indicaram uma baixa sobreposição de nicho isotópico (20,36%) entre os ambientes. O Ecopath foi baseado em 32 grupos funcionais (3 produtores primários, 6 invertebrados, 22 peixes e 1 detrito). Invertebrados, Lutjanus spp. e Gobionelus oceanicus foram altamente consumidos ou exportados no IIC. A maioria da biomassa de peixes dominou em níveis tróficos baixos e os consumidores primários foram as principais fontes de detritos. Os predadores alimentam-se predominantemente de presas dos baixos níveis tróficos, principalmente grupos bentônicos. Centropomus spp., Caranx spp. e Sphyraena spp. tiveram um alto impacto na teia trófica e o aumento da pescaria impacta negativamente Centropomus spp. e, positivamente, Sphyraena spp.. O nível trófico estimado por Ecopath e o δ15N no IIC foram altamente correlacionados (R = 0,77). O IIC tem alta capacidade de resiliência e suporta uma rede trófica complexa dependente das áreas estuarinas e costeiras formada, principalmente por espécies migrantes e zoobentívoras. |