Efeito da melatonina exógena sobre os aspectos reprodutivos em carneiros deslanados no agreste meridional do estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BELTRÃO, Luciana de Barros Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Garanhuns
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Ruminantes
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6834
Resumo: Ovinos são caracterizados como animais poliéstricos estacionais, onde a atividade reprodutiva está intensificada em determinadas épocas do ano, com interdependência de uma maior ou menor exposição à luz solar ou fotoperíodo. Apesar da produção espermática de carneiros se manter por todo ano, é sabido que há uma queda da qualidade seminal durante o período de estação não reprodutiva principalmente em regiões de clima temperado onde esse efeito do fotoperíodo é pontual. Entretanto, poucos estudos têm se dedicado à influência do fotoperíodo na reprodução de ovinos em regiões de clima tropical onde a variabilidade do fotoperíodo é menor. O objetivo deste experimento foi testar a eficácia do uso de melatonina exógena na melhoria da qualidade seminal em carneiros deslanados no Agreste Meridional do Estado de Pernambuco. Oito carneiros da raça Santa Inês foram divididos em 2 grupos de 4 animais, um grupo tratamento (GT), submetidos a implantes subcutâneos de melatonina exógena (Melovine®, CEVA), e um grupo controle (GC) , submetidos a solução salina 1 mL (placebo) subcutâneo, foram mantidos em apriscos com luminosidade média de 11h26’h/dia, por 120 dias. Durante esse período foi avaliado o efeito da melatonina exógena na circunferência escrotal, concentração espermática e concentrações séricas de testosterona e melatonina através de coletas quinzenais no horário matutino e vespertino para estabelecer a influência nas concentrações desses hormônios, correlacionando assim, com a ação da sazonalidade. Os dados foram comparados através de análise de variância (ANOVA). Os contrastes entre médias foram avaliados através do método de Student-Newman-Keuls. Houve um aumento significativo na concentração sérica de melatonina no GT comparado ao GC, nas 3 primeiras coletas matutina e vespertina (p<0.05). Nas 2 últimas coletas não foi observado diferenças. A concentração sérica de melatonina demonstrou um ritmo característico de noite/dia em ambos grupos GT e GC com diferença significativa na concentração média no GC da melatonina na manhã (3.9 pg/mL) comparado com a amostra da noite (59.56 pg/mL), entretanto, essa diferença não foi observada no GT (572.45 pg/mL vs 939.52 pg/mL). O aumento da concentração sérica de melatonina foi diretamente proporcional ao aumento da circunferência escrotal. Foi observado ainda, aumento significativo na concentração espermática no GT 45 dias após a colocação dos implantes. A concentração de testosterona sérica aumentou significativamente no GT 45 dias após a colocação dos implantes quando iniciou uma queda na concentração de melatonina. Os resultados deste trabalho demonstraram que o tratamento com melatonina exógena em carneiros deslanados em região tropical teve um efeito positivo no aumento da circunferência escrotal, no aumento da concentração espermática e no aumento da concentração sérica de testosterona sugerindo que mesmo em regiões tropicais onde não há uma diferença marcante de fotoperíodo, a melatonina participa ativamente dos processos reprodutivos.