Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Quadros, Helena Szortika |
Orientador(a): |
Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da,
Graeff, Ângela Gaio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221007
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Resumo: |
As Obras de Arte Especiais, embora robustas, podem ser consideradas como o elo frágil das vias, pois o mau funcionamento de um dos seus elementos pode levar a estrutura inteira ao colapso. A Vida Útil mínima de Projeto (VUP) hoje normatizada no Brasil é de 50 anos, porém existem OAE’s em utilização que possuem mais de 100 anos. É necessária a realização de manutenções periódicas para garantir que a curva de degradação fique sempre acima do nível mínimo necessário para o cumprimento da VUP. A demanda destas manutenções é gerada através das inspeções rotineiras que devem ser realizadas anualmente. O órgão detentor do maior número de obras de artes no Brasil (DNIT) possui a estimativa do estado de conservação de somente 25,3% das suas obras nos últimos cinco anos. Frente ao grande número de OAE’s existentes em nosso país e a importância de torná-las mais duráveis assim como a necessidade de otimizar a sua vistoria e conservação, buscou-se com a realização deste trabalho a caracterização da influência dos microclimas nas manifestações patológicas nestas estruturas. Foram realizadas vistorias conforme a NBR 9452:2019 em dez pontes, onde foram mapeadas as manifestações patológicas, coletados dados ambientais de temperatura, umidade relativa do ar e nível de dióxido de carbono e realizados ensaios de carbonatação. De forma geral, os dados ambientais apresentaram umidade relativa e quantidade de dióxido de carbono menores onde a temperatura era maior. Na análise das manifestações patológicas das obras estudadas constatouse que as lajes estão no mesmo microclima. Nos demais elementos não foi possível detectar através somente das manifestações patológicas uma tendência para a amostra estudada. A profundidade de carbonatação variou conforme o tipo de elemento estudado e o ano de construção. Notou-se que as lajes foram os elementos com menor profundidade carbonatada, o que pode ser atribuído ao microclima onde este elemento está inserido. Ou seja, as lajes recebem incidência direta da água da chuva, e embora também sejam atingidas por luz solar direta, a umidade relativa do macroclima e a frequência e volume de precipitações faz com que os poros do concreto estejam normalmente saturados. As vigas não são atingidas diretamente por chuva ou sol e recebem incidência perpendicular de vento, o que contribui para o aumento da taxa de carbonatação. As dimensões dos pilares fazem que haja o desprendimento do vento, assim embora nas mesmas condições ambientais que as vigas, este elemento apresentou menor profundidade carbonatada. Em 90% das obras estudadas a curva de deterioração para carbonatação encontra-se acima do esperado. Para o concreto utilizado o cobrimento mostrouse ineficiente. |