Apropriação de espaços públicos em centros urbanos : Caxias do Sul 1910-2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Baldissera, Doris
Orientador(a): Marzulo, Eber Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/38943
Resumo: Essa dissertação tem por objetivo discutir as formas de apropriação vigentes nos espaços públicos de centros urbanos de cidades de médio ou grande porte e suas relações com a morfologia urbana. Trata-se do estudo de caso da praça Dante Alighieri e do parque Getúlio Vargas, na cidade de Caxias do Sul. O método utilizado para o desenvolvimento do estudo foi o dedutivo, de aproximação ao problema através de coleta de dados no arquivo histórico, levantamentos físicos, de técnicas de observação, entrevistas e memória oral. Foi realizado o estudo evolutivo do centro urbano da cidade, desde a efetiva implantação da praça até a atualidade, em períodos definidos de acordo com os fatos que marcaram os dois espaços públicos em questão, tendo como base os relatos de cinco atores sociais que participaram dessa construção. A partir desse embasamento foi elaborada a análise morfológica dos entornos imediatos dos espaços públicos, e para o entendimento das formas de apropriação na atualidade foram realizadas entrevistas com os usuários e não usuários desses espaços públicos. Através da análise qualitativa dos dados foi possível chegar a resultados que confirmam as formas de apropriação que se fazem na praça e o parque. A evolução da centralidade relacionada com as formas de apossamento dos espaços público demonstrou que fatos e trocas sociais do cotidiano foram se perdendo com o alargamento das fronteiras da cidade. A desagregação do conjunto arquitetônico e a verticalização interferiram nas condições de apropriação especialmente da praça, mas os elementos que apresentam maior interferência na utilização dos espaços públicos se relacionam a componente vegetal por sua possibilidade de alterar a paisagem, proporcionar conforto e envolvimento. A utilização dos espaços públicos também se refere às funções disponíveis, e a ordenação espacial especialmente dos locais de contemplação, que através de sua diversidade compositiva poderá imprimir maior qualidade e possibilitar contatos entre os usuários. Outros fatores que apontam para as formas de apropriação dos espaços se referem ao comportamento dos usuários, com relação à individualização do homem contemporâneo e aos hábitos explícitos de possessão de grupos ou individualidades que demarcam espaços e criam limites simbólicos, intimidando a utilização em diferentes graus de intensidade de parte, ou da totalidade dos espaços públicos.