Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Esser, Luíz Fernando |
Orientador(a): |
Jarenkow, João André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265070
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Resumo: |
Padrões de diversidade e endemismo de espécies são supostamente influenciados por três processos principais no espaço e no tempo: (i) limitações históricas e evolutivas, incluindo dispersão em grande escala; (ii) filtros ambientais, representados pelo espaço abiótico em múltiplas escalas; e (iii) filtros bióticos, considerando relações inter- e intraespecíficas. Padrões de biodiversidade na Mata Atlântica brasileira também são supostamente causados por dois fatores principais. O primeiro é a presença de áreas relativamente protegidas das mudanças climáticas ao longo do tempo (i.e. refúgios). O segundo é a heterogeneidade ambiental que organiza as espécies em múltiplos habitats. Mapear e detectar esses habitats e refúgios é fundamental para estudos aplicados (e.g. conservação da biodiversidade) e teóricos (e.g. efeitos de escala). Somado a isso, uma tese vigora na literatura propondo que modelos de distribuição de espécies podem ser utilizados para inferir a distribuição de comunidades. Aplicações deste método agrupam a heterogeneidade interna em um único modelo, o que pode ocultar a capacidade dispersiva de espécies menos comuns ou que ocupam ambientes menos comuns. Por meio deste documento, eu exploro uma antítese ao segregar análises em diferentes habitats. Primeiro, reviso a literatura para entender alternativas para modelar as distribuições das comunidades e exploro, por meio de algoritmos de Machine Learning, uma alternativa para detecção de habitats usando apenas componentes taxonômicos. Em seguida, uso modelos de distribuição de espécies (SDMs) para inferir a distribuição de habitats da Mata Atlântica brasileira no passado e uso a análise categórica de neo- e paleoendemismo (CANAPE) para corroborar os resultados. Por fim, apresento um estudo de caso em nível de espécie com Paubrasilia echinata, segregando SDMs em ocorrências naturais e ocorrências cultivadas. Outros artigos onde aplico esta tese também são apresentados. Os estudos incluídos aqui: (1) elucidam como os processos históricos, bióticos e abióticos são atualmente e potencialmente contabilizados em SDMs, destacando alternativas para construir modelos correlativos biologicamente significativos; (2) propõem um modelo para mapear as distribuições de habitats usando a riqueza de espécies em famílias-chave; (3) indicam que a persistência das espécies e a estabilidade climática são cruciais para a manutenção e detecção de padrões de diversidade; (4) revelam regiões de endemismo para a Mata Atlântica brasileira com a persistência de linhagens mais antigas e a diversificação de novas linhagens; e (5) informam sobre dados relevantes para o planejamento de estratégias de conservação. Como síntese, defendo aqui que comunidades vegetais com grande variação ambiental podem ter sua distribuição melhor mensurada ao se considerar diferentes partições da mesma. |