Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Machado, Vera Lúcia Andrade |
Orientador(a): |
Marques, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/267508
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Resumo: |
A insulina, após ligar-se a receptores específicos existentes na membrana plasmática das células-alvo, estimula a captação de glicose e aminoácidos. Receptores de insulina foram identificados em tireóide da tartaruga, tanto in vivo como in vitro, e em preparações microssomais dessa glândula. É válido admitir que a insulina possa exercer alguma ação direta sobre o metabolismo da glândula tireóide. O presente trabalho teve como objetivo demonstrar, em glândula tireóide in vitro, o efeito estimulante da insulina sobre a captação de glicose e de aminoácido, e evidenciar possíveis alterações desses parâmetros metabólicos em ausência ou redução de insulina. Realizaram-se duas séries de experimentos, utilizando respectivamente tartarugas (Chrysemys dorbigni) e ratos Wistar (Rattus norvegicus). A tireóide, de ambas as espécies, era pré-incubada em Krebs-Ringer-bicarbonato, pH 7,4, com ou sem insulina, e imediatamente incubada igualmente com ou sem insulina mais [¹⁴C]deoxi-D-glicose, [¹⁴C]metil-D-glicose, [¹⁴C]ácido α-amino isobutírico ou [¹⁴C]ácido α-metil-amino isobutírico (0,2 μCi /ml), em banho metabólico tipo Dubnoff, numa atmosfera de 95% de O₂ e 5% de CO₂. A temperatura do banho era de 25 °C nos experimentos com tireóide de tartarugas, e de 6, 25 ou 36 °C, em experimentos com tartarugas aclimatadas a diferentes temperaturas; e de 36 ºC nos experimentos com tireóide de ratos. A concentração da insulina bovina utilizada era de 7x10⁻⁶ M, exceto para o estabelecimento da curva dose-efeito, quando a concentração de insulina variou de 7x10⁻¹⁰ a 7x10⁻⁶ M. Após a incubação, em geral de 180 minutos (tireóide de tartaruga) ou 45 minutos (tireóide de rato), as amostras do tecido tireóideo eram processadas, e media-se a radioatividade no meio interno e no meio de incubação, sendo os resultados expressos pela relação da radioatividade contida no tecido e no meio de incubação: dpm/ml do líquido do tecido por dpm/ml do meio de incubação (T/M). A insulina estimulou a captação de glicose e aminoácido pela glândula tireóide de tartarugas e de ratos. Esse efeito foi dependente do tempo de incubação e da dose do hormônio. A menor concentração efetiva para induzir o aumento da captação da glicose e do aminoácido foi de 7x10⁻⁹ M em ambas as espécies. Em tartarugas, a captação basal de glicose não sofre influência da temperatura, enquanto a ação hormonal da insulina depende da temperatura, e mesmo a 6 °C, a tireóide destes animais é biologicamente ativa. A tireóide de ratos diabéticos por estreptozotocina capta menos glicose e menos ácido α-metil-amino isobutírico do que a glândula de ratos normais. A partir dos resultados in vitro, obtidos em glândula tireóide de tartarugas e de ratos, pode-se concluir que a insulina exerce uma ação direta sobre essa glândula, aumentando a captação de glicose e aminoácido e que, em ausência ou redução do hormônio, esse efeito diminui. |