Morbimortalidade por Traumas de Crânio e Face no Brasil entre 2000 e 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Palomeque, Alicia Mariel Picapedra
Orientador(a): Hugo, Fernando Neves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202685
Resumo: Sendo o trauma o problema de saúde pública com maior potencial de ser evitado, e tendo-se verificado a ausência de evidências relacionadas especificamente aos traumas de crânio e face, o objetivo deste trabalho foi apresentar o perfil e a evolução da mortalidade e morbidade hospitalar causada por traumas de crânio e face no Brasil, no período de 2000 a 2015, para uma melhor compreensão das variáveis associadas e tendências temporais. Tratou-se de um estudo ecológico de séries temporais com dados secundários. A informação sobre morbimortalidade de traumas de crânio e face foi obtida do Sistema de Internações Hospitalares, disponibilizado pelo Portal do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Foi analisado o total das internações e óbitos, as decorrentes das lesões e as dos traumatismos de crânio e face, no Brasil e suas cinco macrorregiões, nos 26 estados e Distrito Federal, mediante estatística descritiva multivariável K means para dados longitudinais. Observou-se que a taxa de internação global diminuiu ao logo dos anos passando de 731,8 para 569,2, exibindo uma variação no 2008, ao tempo que, a de mortalidade aumentou gradualmente de 18,8 a 23,3. Na categoria S02 (traumatismo de crânio e face), ao longo da série estudada ocorreram 455.427 internações (4:1 para homens) e 3.493 óbitos de internados (6:1para homens). Em relação às macrorregiões do Brasil, o maior número de internações ocorreu na macrorregião Sudeste, 40,34 % (183.727) e a menor na Centro-Oeste, 7,34% (33.449). Quanto à taxa de óbitos de internados foi de 19,38 para a macrorregião Sudeste e de 2,98 para a Centro-Oeste. A faixa etária mais comprometida foi de 20 a 29 anos, e a menos afetada a de 60 a 80 e mais anos. As lesões S02.6 (mandíbula) representaram 33,51% das internações, seguidas por S02.4 (malar e maxilar) 26,01%, S02.2 (ossos nasais)19,27%, S02.8 (outras fraturas múltiplas de crânio e face) 4,9%, S02.0 (abóbada do crânio) 4,74%, S02.1 (base do crânio) 3,35%, S02.7 (múltiplas envolvendo ossos de crânio e face) 2,7%, S02.3 (assoalho orbitário) 2,13%, S02.9 (crânio ou face não especificada) 2,11 % e S02.5 (dentes) 1,18%. As fraturas da abóbada foram as responsáveis pelo maior número de óbitos, 36,99% (1.292). Concluiu-se que a taxa de mortalidade de internados diminuiu para ambos sexos em todas as macrorregiões, com exceção da Norte, onde houve um aumento, a mortalidade por lesões foi superior à por traumatismos de crânio e face, porém essa diferença tendeu a diminuir a longo da série analisada.