Diagnóstico neonatal da toxoplasmose, da doença de chagas, da citomegalovirose e da rubéola congênitas em amostras de sangue impregnado em papel-filtro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Camargo Neto, Eurico
Orientador(a): Giugliani, Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/275566
Resumo: A triagem neonatal para doenças metabólicas é um procedimento de rotina nos países desenvolvidos, ainda que nem todos pesquisem as mesmas doenças, e está em crescente expansão nos países em desenvolvimento. Nos Estados Unidos, Canadá e em alguns países europeus, a triagem neonatal para os vírus HIV1 e HIV-2 também é um procedimento de rotina. A triagem para toxoplasmose congênita é realizada no Estado de Massachussets (USA), Dinamarca, Finlândia e Brasil. Embora programas de triagem pré-natal para toxoplasmose congênita estejam estabelecidos na França, Áustria e nos países nórdicos, a triagem neonatal para infecções congênitas não é, ainda, um procedimento rotineiro em nenhum país. Em conseqüência, não há no mercado produtos desenvolvidos para esta finalidade. Os objetivos deste trabalho foram: 1) desenvolver ou adaptar kits para a pesquisa em soro de anticorpos antiToxoplasma gondii, anti-Trypanosoma cruzi, anticitomegalovírus (CMV) e antivírus da rubéola, procedendo os ensaios em amostras de sangue total impregnado em papel-filtro; e, 2) estimar a prevalência destas doenças em nosso meio. Foram realizados testes para toxoplasmose congênita em 364.130 neonatos, diagnosticando-se a doença em 195 pacientes (1/1.867). Adicionalmente, 15.873 neonatos foram avaliados para a presença de doença de Chagas, citomegalovirose e rubéola congênitas. Os resultados foram, respectivamente, 20 neonatos e 20 mães com presença de anticorpos de classe lgG anti-Trypanosoma cruzi e uma mãe e seu neonato com lgM (1/756); 16 neonatos diagnosticados com citomegalovirose (1/992); e 11 neonatos com diagnóstico de rubéola congênita (1/1.443). Os resultados indicaram que a triagem neonatal das infecções congênitas apresentam menor custo do que a triagem de doenças metabólicas, e que os métodos empregados foram eficientes na identificação das doenças congênitas triadas.