Avaliação in vivo do potencial tóxico e genotóxico das lectinas ConA e MuHL, do ponto quântico AgIn5Se8@ZnS-GSH e do bioconjugado AgIn5Se8@ZnS-MuHL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Antonio Marcos de Oliveira dos
Orientador(a): Gaiesky, Vera Lúcia da Silva Valente
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/276198
Resumo: As lectinas, uma classe versátil de proteínas com diversas atividades biológicas, têm sido cada vez mais exploradas em aplicações biomédicas e biotecnológicas. Uma tendência crescente é a sua associação com pontos quânticos - PQs (nanopartículas fluorescentes) para criar nanossondas fluorescentes, visando compreender a glicobiologia relacionada a processos normais e patológicos. Essa abordagem promissora expande as fronteiras da pesquisa e aplicação dessas proteínas em diversas áreas. No entanto, é crucial avaliar a segurança in vivo dessas partículas. Neste estudo, objetivou-se desenvolver um nanossistema fluorescente através da bioconjugação por adsorção da lectina de Myracrodruon urundeuva (MuHL) com o PQ AgIn5Se8@ZnS-GSH (AISe@ZnS), além de avaliar o perfil tóxico e genotóxico in vivo das lectinas MuHL e Canavalia ensiformes (ConA), do PQ AISe@ZnS e do bioconjugado (AgIn5Se8@ZnS- MuHL). Os resultados demonstraram que o sistema AISe@ZnS-MuHL manteve suas propriedades ópticas e funcionais, além de apresentar alta estabilidade coloidal. Entretanto, a avaliação feita em Drosophila melanogaster revelou que as formas nativas das lectinas ConA e MuHL impactaram a sobrevivência, locomoção, viabilidade celular, induzindo estresse oxidativo e danos ao DNA, enquanto formas bloqueadas e desnaturadas não mostraram esses efeitos. Esses resultados sugerem a participação do seu domínio de reconhecimento a carboidratos (DRC) nesses efeitos. Por outro lado, o PQ AISe@ZnS não demonstrou toxicidade, estresse oxidativo ou danos ao DNA. No entanto, o bioconjugado AgIn5Se8@ZnS-MuHL mostrou ser tóxico e genotóxico, provavelmente devido à interação entre o DRC da MuHL e os resíduos de carboidratos na superfície celular. Em conclusão, enquanto os pontos quânticos por si só parecem ser seguros, sua bioconjugação com a lectina MuHL pode induzir efeitos tóxicos, provavelmente devido ao DRC da lectina. Assim, o bioconjugado PQ-lectina mostra um potencial promissor como sonda fluorescente, auxiliando na compreensão de processos biológicos desencadeados por lectinas.