Análise filogenética e revisão de Sphaerocysta (Hemiptera, Heteroptera, Tingidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Soares, Marcus Rodrigo Guidoti
Orientador(a): Ferrari, Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/104752
Resumo: O gênero de percevejo de renda Sphaerocysta (Heteroptera, Tingidae), é composto por 12 espécies com distribuição exclusiva para a América do Sul, sendo que apenas S. nosella não é registrada para o Brasil. Ele pode ser caracterizado por: capuz esférico; presença de carenas pronotais (uma ou três); cisto na projeção posterior do pronoto (com exceção de S. egregia); área discoidal com a parte posterior elevada. Somente duas espécies possuem informações sobre imaturos, S. angulata e S. inflata, e somente o quinto ínstar destes táxons foram descritos. O histórico taxonômico do gênero não possui muitos atos nomenclaturais, contando com apenas 4 sinonímias. Duas novas espécies foram aqui propostas, S. ruthae n. sp. e S. costai n. sp., sendo a última descrita junto com sua ninfa de quinto ínstar. As informações dos imaturos das espécies de Sphaerocysta foram adicionadas a uma matriz morfológica previamente publicada (Guilbert, 2004), para o teste das hipóteses de evolução de caracteres ninfais propostas pelo autor da matriz. Com a adição destes novos táxons à matriz, as hipóteses defendidas na literatura não foram corroboradas. A marcante diferença intragenérica observada na morfologia das ninfas de quinto ínstar das espécies de Sphaerocysta, após a descrição do imaturo de S. costai n. sp., foi jamais observada em outro gênero da família. A análise filogenética do gênero recuperou a monofilia do mesmo, sendo este grupo irmão de Dicysta, um gênero majoritariamente Neotropical. O grupo irmão de ambos foi Galeatus spinifrons, uma espécie Paleártica. A revisão taxonônima resultou na proposição de uma sinonimia (S. maculata como sinônimo júnior de S. propria), com discussão sobre o status taxonômico de S. propria e S. brasiliensis, e também S. globifera e S. stali. Os novos dados de ocorrência reportados no trabalho permitiram a expansão do registro geográfico do gênero para a América Central (S. fumosa, registrado pela primeira vez no Panamá) e computou novos registros para cinco espécies, sendo elas: S. angulata, S. fumosa, S. globifera, S. inflata e S. nosella. Sphaerocysta fumosa e S. nosella tiveram primeiros registros para, respectivamente: Panamá e Venezuela; Brasil. Com este novo dado geográfico de S. nosella, todas as espécies do gênero ocorrem no Brasil, com exceção de S. costai n. sp., exclusiva da Argentina.