Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Silva, Kátia Rosana Lima de Moura da |
Orientador(a): |
Guimaraes, Jorge Almeida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15814
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Resumo: |
O envenenamento causado pelo contato com a lagarta Lonomia obliqua apresenta uma alta taxa de letalidade, fazendo do lonomismo um dos mais graves causados por animais peçonhentos em todo o Brasil. O acidente é caracterizado por graves distúrbios hemostáticos que podem evoluir, em pacientes não tratados, ao óbito. O efeito paradoxal desse envenenamento (pró-coagulante e hemorrágico) é resultado da ação de diferentes princípios ativos presentes nas secreções venenosas da lagarta. Os efeitos clínicos paradoxais não são exclusivos do veneno desta lagarta. O envenenamento por serpentes do gênero Bothrops apresenta sintomatologia semelhante. Considerando a gravidade dos acidentes causados por L.onomia obliqua em toda a região Sul e seu difícil diagnóstico frente à similaridade com o acidente botrópico, este trabalho teve como objetivo estudar, utilizando modelos animais, os efeitos hemorrágicos e inflamatório desencadeados pelo veneno desta lagarta. Utilizando ensaios de westen-blot e de coagulação por tempo de recalcificação, verificamos que não há reação cruzada no reconhecimento das proteínas dos venenos de L. obliqua e B. jararaca pelos soros antilonômico e antibotrópico. Em modelos animais, estudamos o efeito hemorrágico através do acompanhamento do sangramento pós-incisão da cauda de ratos. Nesse ensaio, o extrato de espículas apresentou um efeito hemorrágico dose-dependente, sendo completamente revertido pelo soro antilonômico e EDTA. Os efeitos inflamatórios do veneno da taturana foram estudados através dos ensaios in vivo de extravasamento vascular e migração celular. O extrato de espículas foi capaz de induzir extravasamento vascular e o efeito foi reduzido através da utilização de inibidores (pomadas de heparina, benzamidina e EDTA). Da mesma forma, EDTA, benzamidina e heparina foram capazes de inibir o efeito dose-dependente sobre a migração celular induzido pelo extrato de espículas no ensaio de air pouch. Neste trabalho, estudamos o e inflamatório causado pelo extrato de espículas de L. obliqua. Os resultados aqui apresentados são essenciais para a melhor compreensão do quadro clínico conseqüente desse acidente. L. obliqua, assim como outros animais peçonhentos e/ou venenosos da fauna brasileira, representam importante fonte de recursos para a pesquisa, principalmente na área da saúde, como o desenvolvimento de novos medicamentos e de soros antivenenos mais específicos. |