Oportunidades políticas e repertórios de ação : o movimento negro e a luta de combate a discriminação racial no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Leitão, Leonardo Rafael Santos
Orientador(a): Silva, Marcelo Kunrath
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/67503
Resumo: A tese trabalha com uma questão ainda pouco explorada ou explorada de forma pouco satisfatória pelas ciências sociais brasileiras: a relação dos movimentos sociais com a política institucional. Afirmamos que há, na tradição brasileira dos estudos sobre os movimentos sociais, uma tendência a compreender os movimentos sociais a partir da sua relação de oposição ao estado e, mais amplamente, à política institucional. O argumento central deste trabalho, que procuramos sustentar a partir de uma narrativa histórica sobre um movimento social específico no cenário político brasileiro, o movimento negro, é a de que o conflito dos movimentos sociais com o estado não significa ausência de relação entre eles. No caso do movimento negro, demostramos que há uma tendência a institucionalização de suas demandas através do trânsito institucional de militantes entre esferas estatais e esferas do próprio movimento, mediada por partidos políticos. A institucionalização do movimento inicia na década de 1980 com as transformações na estrutura de oportunidades políticas causadas pela democratização do país e intensifica-se nos anos 1990, quando militantes negros passam a ocupar posições no governo federal que lhes permitem pautar, na agenda política brasileira, demandas históricas do movimento negro. A tese, portanto, contribui na ampliação do debate acerca das relações entre os movimentos sociais e a institucionalidade, ampliando as possibilidades de interpretação de uma forma de relação que, ao que tudo indica, demonstra sinais de intensificação.