Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Cava, Patricia Pereira |
Orientador(a): |
Becker, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262221
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Resumo: |
Pautada pelo problema de pesquisa "Como a criança que não está aprendendo na escola vai se constituindo sujeito de conhecimento e singularidade", e com os objetivos de entender o processo de aprendizagem mediante suas interdições; compreender como e por que as representações calcificadas do que vem a se rum aprendiz se mantêm; identificar formas de resistência ao isntituído, utilizadas pelo sujeito criança na escola e verificar os processos de conhecimento que transitam na escola, desenvolvo uma pesquisa qualitativa de tipo etnográfico. A pesquisa de campo realiza-se numa turma de segunda série do ensino fundamental, numa escola pública, durante o ano letivo de 2005, por intermédio de observações em sala de aula e entrevistas. O foco desta pesquisa são sete crianças encaminhadas pela professora para as aulas de apoio pedagógico, oferecidas na escola, no turno inverso ao das aulas. Além das crianças, entrevisto suas mães, um dos pais e a professora da turma. O referencial teórico pauta se fundamentalmente pela interlocução com a epistemologia genética de Jean Piaget e o pensamento complexo de Edgar Morin. Minha tese principal: o determinismo proveniente de uma lógica dedutivo-identitária deixa a criança que não estpa aprendendo na escola por demais marcada com os estigmas do imaturo, do inseguro, do distraído, do desinteressado, ocupando o não lugar em relação ao conhecimento (ou o lugar da repetição do mesmo) e recebendo a titudes desencorajadoras, o que dificulta o movimento em direção ao aprender, pois tal lógica expulsa da escola a contradição, o inusitado, o imprevisível, não enxergando que o caminho em direção ao aprender é, simultaneamente, ordenado e desordenado, singular e universal, individual e coletivo, previsível e imprevisível. Segunda tese: por desconhecer os processos de conhecimento de seus alunos, a professora apega se demais a marcas de identídade da criança que não está aprendendo na escola, não ajudando a desenvolver atitudes de aprendizagem. Terceira tese: as interdições presentes no espaço da sala de aula bloqueiam o processo de aprendizagem. No entanto, compreender tais interdições é fundamental para superá las e permitir, então, que sujeitos constitua m se em espaços de segurança e de liberdade. Quarta tese: o percurso para se constituir sujeito é composto por não linearidades, assim como o próprio ato de conhecer, tais quebras e rupturas precisam ser entendidas para que as emergências apareçam. Quinta tese: as dificuldades nos processos de comunicação entre adulto e criança, no ambiente da escola tornam as crianças pouco participativas, na medida em que se sentem submetidas ao desejo e à lógica dos adultos, sem espaço para sua manifestação como sujeitos de vontade e de ação. Para que o sujeito singular possa de fato manifestar toda sua singularidade desenvolver seu conhecimento, necessita ser reconhecido como sujeito, sujeito de direitos, direito às necessidades humanas fundamentais, que possibilitem liberdade de escolhas e emancipação. Falta à escola, em particular e a sociedade, em geral, reconhecer o sujeito na criança para que ela não se tome prematuramente o "sujeito homem" das cenas cotídianas de exclusão e violência que assistimos temerosos nos canais de comunicação e, às vezes, ao vivo. |