Alteração ambiental influencia o tamanho corporal de peixes : o efeito da agricultura nos riachos do Pampa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pott, Crisla Maciel
Orientador(a): Becker, Fernando Gertum
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180593
Resumo: O tamanho corporal é uma importante característica, de indivíduos até comunidades e diz respeito ao crescimento, reprodução, mortalidade e alimentação. Pode ser utilizado para avaliar alterações no funcionamento e estrutura dos ecossistemas. Este trabalho é dividido em dois capítulos. No primeiro, fizemos uma revisão bibliográfica para investigar quais fatores de alteração ambiental afetam o tamanho corporal de peixes. Utilizamos uma metodologia semelhante a uma revisão sistemática. Identificamos oito fatores antrópicos de alteração ambiental que influenciam o tamanho corporal de peixes, no entanto os resultados da revisão não apontaram um padrão de resposta do tamanho corporal e poucos artigos selecionados na revisão utilizaram mais de uma métrica para medir o tamanho e este fato pode ser fundamental para um melhor entendimento dos efeitos decorrentes das alterações ambientais. No segundo, avaliamos como a variação do tamanho corporal em grupos tróficos em um sítio responde às alterações resultantes da agricultura quantificadas em quatro escalas (local, riparia até 1km a montante, riparia toda montante e em subbacia). No segundo capítulo investigamos como o tamanho corporal entre grupos tróficos de peixes responde as alterações decorrentes da agricultura em 4 escalas de paisagem em 52 riachos do Pampa Os resultados sugerem que a variação no tamanho corporal depende da medida de distribuição de tamanhos utilizada, do grupo trófico e da escala onde a perturbação é avaliada. A maioria dos grupos tróficos apresentou uma relação negativa com a escala local, geralmente com a redução do tamanho corporal médio ou com uma maior representação de tamanhos pequenos (left skewed). Enquanto em escalas riparia ou de bacia, tamanhos intermediários prevaleceram e tamanhos grandes e pequenos foram desfavorecidos (valores de curtose positivos). Nós ressaltamos a importância de se considerar as características tróficas das espécies para avaliações de alterações ambientais, uma vez que os artigos selecionados na revisão poucas vezes discutiam questões a respeito do efeito das alterações na estrutura trófica das assembléias de peixes. Além disso, a avaliação das escalas de agricultura reforça a importância da conservação da vegetação riparia. O uso de diferentes medidas de distribuição é importante para entender os efeitos da agricultura no tamanho corporal, uma vez que curtose, skewness e coeficiente de variação podem variar sem haver uma mudança no tamanho corporal médio dos peixes.