Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Torossian, Sandra Djambolakdjian |
Orientador(a): |
Lopes, Rita de Cassia Sobreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/94410
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Resumo: |
A presente tese trata da construção das toxicomanias na adolescência. Tem sua fundamentação na teoria freudo-lacaniana. As toxicomanias são entendidas como uma operação na qual a ineficácia paterna tem como conseqüência falhas simbólicas associadas a produção de um excesso narcísico. O tóxico, sendo entendido tanto como um remédio ao mal-estar provocado pela civilização quanto um veneno que coloca o corpo num circuito dual, aparece como recurso inscrito no discurso social dominante. Nossa hipótese é de que o início das toxicomanias na adolescência se deve à inoperância simbólica característica da puberdade. A adolescência, por ser uma operação de retomada, na forma de “après-coup” do estágio do espelho, apresenta uma defasagem entre as modificações pubertárias e sua simbolização. A droga como recurso tóxico poderá constituir uma saída para esse hiato, no qual o Outro tem função primordial, ao propor uma “solução” para a castração. Foram realizados três estudos, nos quais analisamos seis casos. No primeiro, foram escutados três sujeitos cuja queixa principal foi o uso de drogas. No segundo, os casos foram construídos a partir dos textos escritos de três sujeitos que se encontravam internados num hospital-dia. O terceiro estudo consistiu na análise dos seis casos focalizando o Outro (representado por figuras de autoridade e pelos pares) na construção das toxicomanias. Os resultados apontaram que quando o Outro garante a inscrição significante, os sujeitos engajam-se numa lógica toxicomaníaca que considera a alteridade. Em contrapartida, quando os significantes organizadores da subjetividade constituem tênues traçados, o Outro demonstra sua ineficácia na função de sustentar o sujeito. Por isso, o recurso ao tóxico prescindirá do Outro. Discutimos, finalmente, o lugar do analista re-situando a exigência de abstinência em relação ao analista e não ao paciente. Sua escuta deverá priorizar o sujeito e não o tóxico, sob risco de repetir e perdurar a dualidade toxicomaníaca. |