Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Giovanna Monticelli |
Orientador(a): |
Araujo, Paula Beatriz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/84968
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Resumo: |
O gênero Hyalella Smith, 1874 abriga os anfípodos gamarídeos de ambientes de água doce, restritos ao continente americano. O Brasil apresenta uma alta diversidade de espécies quando comparado a outros países, mas a fauna subterrânea ainda é pouco conhecida. O presente estudo tem como objetivo identificar e descrever as espécies de Hyalella encontradas em áreas subterrâneas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Hyalella sp. nov. 1 é a primeira espécie troglóbia descrita para o estado de Minas Gerais, com distribuição restrita a Gruta Vereda da Palha. A espécie apresenta caracteres troglomórficos como a redução dos olhos, ausente em alguns exemplares; as antenas possuem tamanhos similares; cinco setas serradas na face medial do própodo do gnatópodo 1; gnatópodo 2 com palma irregular, fortemente inclinada e urópodo 1 com uma seta curva no ramo interno. Hyalella sp. nov. 2 é a primeira espécie troglóbia descrita para o estado do Paraná, restrita a Caverna das Andorinhas. Esta espécie possui caracteres morfológicos troglomórficos como olhos ausentes e antena 1 maior que a antena 2; o gnatópodo 1 com formato do própodo oval e cinco setas serradas na face medial ventral; gnatópodo 2 com própodo alongado e oval, com palma lisa fortemente inclinada; dáctilo longo, ultrapassa a metade do comprimento do própodo e urópodo 1 com uma seta curva no ramo interno. Hyalella sp. nov. 3 possui uma ampla distribuição pelos rios epígeos e hipógeos dos parques PEI e PETAR no estado de São Paulo, o que a classifica como uma espécie troglófila, suas características incluem os olhos bem desenvolvidos e pigmentados; antena 1 menor que antena 2; própodo do gnatópodo 1 com sete a treze setas serradas na face medial ventral e gnatópodo 2 com a palma do própodo irregular, pouco inclinada. A adição de um novo caracter morfológico em relação ao ângulo de inclinação da palma do gnatópodo 2 pode auxiliar na identificação de todas as espécies de Hyalella. Este trabalho evidencia a semelhança entre três, das cinco espécies hipógeas encontradas no Brasil: H. imbya Rodrigues & Bueno, 2012; Hyalella sp. nov. 1; Hyalella sp. nov. 2, que apresentam a palma fortemente inclinada, enquanto a Hyalella sp. nov. 3 é a única espécie até o momento que apresenta a palma pouco inclinada. Além da descrição de duas espécies hipógeas e uma epígea do gênero Hyalella, uma chave de identificação foi proposta para as espécies troglomórficas brasileiras e, novas localidades de ocorrência são registradas para Hyalella warmingi Stebbing, 1899. Com a adição destas espécies o percentual de espécies troglomórficas brasileiras aumenta de 17,6% para 25%. |