Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Ítalo Marques |
Orientador(a): |
Bremm, Carolina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233145
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Resumo: |
O bioma Campos Sulinos é considerado um dos biomas mais ricos em diversidade do mundo, ocupando 2,3% do território brasileiro, além de se estender por terras do Uruguai e da Argentina. No Brasil, o bioma é chamado de Pampa e encontra-se restrito ao Rio Grande do Sul, recobrindo 68,8% da área do estado. Este bioma apresenta alta riqueza de espécies vegetais, com ocorrência de 3000 espécies, em virtude das condições edafoclimáticas. Pesquisas tem sido realizada com o intuito de promover aumento de produtividade, eficiência, sustentabilidade e conservação dos ambientes pastoris naturais no bioma Pampa, além de permitir melhor compreendimento do ambiente pastoril e suas relações com os herbívoros. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo determinar os fatores que afetam o gasto energético de novilhos em pastagem natural manejada sob diferentes ofertas de forragem. Foram avaliados novilhos sob três ofertas de forragem contrastantes: 4, 8- 12 e 16% peso vivo (PV). Foram realizadas avaliações de estrutura do pasto e de comportamento ingestivo. O gasto energético foi estimado pelo método da frequência cardíaca com auxílio de um frequencímetro. O deslocamento (m/min) dos animais foi monitorado com auxílio de um GPS de alta precisão (rover). As distintas ofertas promovem estruturas contrastantes de pasto (P<0,05). As ofertas de forragem 8-12 e 16% PV mantem-se dentro de uma faixa de amplitude ótima, entre produção animal e vegetal, assim como a frequência de touceiras encontrada nessas ofertas. A identificação de classes de itens alimentares (P<0,05), demonstrou que o manejo das ofertas 8-12 e 16% PV apresentam uma estrutura de pasto diversificada, em relação a oferta 4% PV. Os animais realizaram menor número de passos por minuto e maior tempo de permanência na estação alimentar nos tratamentos 8-12 e 16% PV. As ofertas de forragem 8-12 e 16% PV proporcionam estruturas de pasto favoráveis à busca e apreensão de forragem por bovinos em pastejo. O oferecimento de ofertas de forragem moderada (8-12% PV) não proporcionou (P>0,05) redução no gasto energético de novilhos manejados em pastagem natural, comparado com ofertas de forragem baixa (4%PV) e alta (16% PV). Os resultados de comportamento ingestivo indicam que a velocidade de ingestão pode ser um fator a ser estudado para verificar a redução do gasto energético quando aos animais encontram-se em ofertas de forragem e estruturas de pasto, como 8-12 e 16% PV. O gasto energético de bovinos está diretamente relacionado com a estrutura do pasto, consequentemente com os processos de busca e apreensão. Portanto, medir o gasto energético dos herbívoros em um ambiente pastoril complexo, como as pastagens naturais do bioma Pampa, possibilita definir metas de manejo de estrutura de pasto que proporcionem redução no gasto energético dos animais, consequentemente aumento no desempenho dos bovinos, eficiência de uso do recurso disponível e preservação do habitat das pastagens naturais. |